ARACAJU/SE, 26 de setembro de 2025 , 18:12:54

Combustível comum, aditivado e premium: qual o melhor para o seu carro?

 

Na hora de abastecer, muitos motoristas ainda ficam em dúvida sobre qual combustível escolher. Comum, aditivado ou premium? Todos atendem às normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas têm características próprias que influenciam a durabilidade do motor, o desempenho e até o consumo.

Enquanto a comum cumpre a função básica, a aditivada ajuda a manter o motor limpo e protegido. Já a premium garante performance máxima em motores de maior exigência. Conhecer essas diferenças é essencial para escolher bem.

Comum: o básico do dia a dia

A gasolina comum é a versão mais simples, composta pela base acrescida de até 30% de etanol anidro. Cumpre os requisitos da ANP e pode ser usada em toda a frota. Porém, por não conter aditivos extras de limpeza, pode favorecer depósitos em bicos injetores e válvulas ao longo do tempo.

O professor Juliano Martins Barbosa, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, lembra que a gasolina comum possui índice antidetonante (IAD) em torno de 87. Isso é suficiente para motores de baixa compressão, mas não traz ganhos em aplicações mais exigentes.

Aditivado: mais limpeza e proteção

Combustíveis aditivados usam a mesma base da comum, mas recebem pacotes de aditivos que limpam e protegem o motor. A Ipiranga, por exemplo, oferece a Ipimax, com detergentes e dispersantes que removem sujeira, anticorrosivos contra ferrugem e redutores de atrito que diminuem desgaste das partes móveis. Segundo a empresa, isso garante motor limpo, vida útil prolongada e economia superior a 4%.

Os aditivos também favorecem pulverização adequada, melhorando a queima e reduzindo emissões. No dia a dia, a aditivada ajuda a evitar falhas e prolonga a durabilidade do motor, especialmente em uso urbano intenso.

Premium: desempenho máximo para motores exigentes

Os combustíveis premium se diferenciam pela maior octanagem, essencial para motores de alta compressão, turboalimentados ou esportivos. A Ipiranga oferece a Ipimax Pro, com octanagem acima de 100 e aditivos avançados. Segundo a companhia, o produto proporciona economia de até 4,2% no consumo, redução de atrito em até 34% e restauração de até 5,6% da potência.

Barbosa reforça que a premium reúne octanagem elevada, maior estabilidade química, menor teor de enxofre e aditivos em maior concentração. É indicada para veículos modernos que exigem esse nível de desempenho.

O papel da octanagem

A octanagem mede a resistência do combustível à pré-detonação, conhecida como batida de pino. Quanto maior o índice, mais o combustível suporta compressão sem queimar antes da hora. Com a octanagem correta, a combustão é uniforme, garantindo potência máxima e proteção.

Usar combustível de baixa octanagem em motores de alta exigência pode resultar em perda de potência, consumo maior e desgaste prematuro. Por isso, é fundamental seguir a recomendação do manual do veículo.

Misturar tipos diferentes: quais os efeitos?

Não há risco imediato em misturar combustíveis diferentes no tanque, mas os benefícios são reduzidos. Se o motorista mistura premium com gasolina comum, a octanagem final cai e o motor não aproveita toda a performance. Isso vale para a aditivada: diluída, perde parte de sua capacidade de limpeza e proteção.

Como escolher o combustível certo?

A decisão deve partir sempre do manual do veículo, que indica a octanagem mínima recomendada.

Para a maioria dos carros de uso diário, a aditivada é a escolha equilibrada entre custo, proteção e rendimento. A premium é indicada para esportivos, importados e modelos de alta compressão. Já a comum pode ser usada sem problemas, mas tende a exigir um pouco mais manutenção no longo prazo.

Em resumo, a escolha do combustível impacta diretamente na performance e na durabilidade do motor. Optar por aditivada ou premium é investir em eficiência, proteção e economia.

Fonte: Auto Esporte

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