Da redação, AJN1
O Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (CTCAE) do Estado, liderado pelo governador Belivaldo Chagas, vai se reunir na tarde desta quinta-feira (7) para avaliar o cenário da pandemia da covid-19 em Sergipe e traçar novas diretrizes de enfrentamento ao vírus. A última reunião do grupo ocorreu no dia 15 de dezembro de 2020.
A reunião acontece em meio ao aumento expressivo de novas confirmações e mortes pela covid-19 nas últimas semanas. De acordo com o superintendente especial de Planejamento do Estado, Marcelo Rezende, o foco principal da reunião será a análise epidemiológica como um todo, além do impacto das festas de fim de ano. A possibilidade do Estado decretar ‘lockdown’ (em português bloqueio total ou confinamento, um protocolo de isolamento que geralmente impede o movimento de pessoas ou cargas) ou outras medidas restritivas drásticas está descartada.
“Todos os assuntos serão discutidos no Comitê, mas o foco principal é fazer uma análise epidemiológica, o número de casos, internações, óbitos nessas últimas semanas, fazer uma avaliação dessas festas, qual foi o impacto disso nos dados da epidemia, a questão das escolas e outros assuntos também serão debatidos, mas de forma secundária. Todas as notícias sobre lockdown, fechamento, todas elas boatos e sem fundamentação”, disse o superintendente durante entrevista à TV Sergipe.
Possível pico entre março e abril
O superintendente disse também que o Comitê está analisando as projeções nada animadoras do professor Lisandro Borges, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), o qual prevê, com base em estudos, a volta de um possível pico da doença entre os meses de março e abril.
“O professor participa do Comitê e vem nos informando sobre as projeções que são preocupantes. Estamos há quase dois meses seguidos da piora da pandemia, com aumento de casos, de óbitos, internações, mas ainda estamos muito longe do pico que foi em julho. Hoje o sistema está muito mais preparado. Todas as projeções são preocupantes e todas elas são levadas em consideração pelo Comitê para possíveis medidas”, esclarece.
Marcelo Rezende não descartou a possibilidade do Comitê decretar medidas mais restritivas, porém provisórias, como a que ocorreu no fim de ano, quando o governador decretou a redução da capacidade de clientes em bares e restaurantes.
“Sempre é possível o endurecimento de uma medida, a exemplo da redução do percentual de bares e restaurantes, que vale até o dia nove de janeiro. O que tem de ser claro é que não haverá medidas drásticas, agora, mas uma medida ou outra pode ser tomada, como a que ocorreu no fim de ano”.
Após a reunião de hoje, grupo deve voltar a se reunir no próximo dia 21.
