A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Sergipe (FICCO/SE) prendeu um homem foragido da Justiça de Minas Gerais, nesta terça-feira (28), no municipio de Estância.
O indivíduo foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado ocorrido na cidade de Unaí (MG), em 28 de janeiro de 2004, em caso de repercussão nacional, quando três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho foram executados durante uma fiscalização rural.
Além disso, o homem também tinha um mandado de prisão preventiva em aberto contra o crime de roubo majorado, ocorrido no Estado de Minas Gerais, no ano de 2020.
A FICCO/SE é composta por integrantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria Nacional de Políticas Penais e tem como objetivo a integração das forças de segurança em ações de combate ao crime organizado.
Relembre o caso
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram assassinados à queima-roupa em uma emboscada na zona rural de Unaí, cidade no noroeste de Minas Gerais. Eles investigavam denúncias de trabalho análogo à escravidão. O episódio ficou conhecido como Chacina de Unaí.
As investigações apontaram os fazendeiros Antério e Norberto Mânica como mandantes do crime. Os irmãos foram condenados a 100 anos de prisão, mas recorreram em liberdade por serem réus primários.
José Alberto de Castro e Hugo Pimenta foram condenados por terem contratado os atiradores.
Os únicos que cumpriam pena até o momento eram os três pistoleiros, Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda. Presos desde 2004, eles foram condenados em 2013.
Em janeiro deste ano, os crimes completaram 20 anos. A chacina foi o marco para a criação do Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo.