ARACAJU/SE, 28 de outubro de 2024 , 12:28:51

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Condutores do Samu podem entrar em greve caso não recebam 13º

Da redação, AJN1

 

Os condutores de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prometem paralisar as atividades caso o Governo do Estado não deposite em suas contas, até o encerramento do horário bancário, o valor referente a segunda parcela do 13º salário. A informação foi passada pelo presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância, Adilson Capote, em entrevista ao programa Jornal da Ilha.

 

Segundo ele caso não ocorra o pagamento, a greve começa a partir da meia-noite desta terça-feira (20). "Já temos um documento informando ao Governo do Estado que em caso de atraso de pagamento a greve é imediata", explicou.

 

O sindicalista também denunciou a falta de manutenção nas ambulâncias. "Ontem estourou o pneu de uma viatura descendo a serra de Itabaiana. Continua o caos na manutenção desses veículos. Enquanto não matar um servidor, o Samu não vai tomar providências".

 

De acordo com Adilson Capote, por medo de serem penalizados com a retirada de horas extras ou por fazerem parte do processo seletivo simples, muitos condutores têm preferido silenciar diante da situação. "Esse caso da ambulância de Itabaiana quem me passou foi uma técnica em enfermagem", disse o sindicalista.

 

Adilson Capote revelou que cerca de 20 bases do Samu já foram fechadas por falta de ambulância ou em decorrência da viatura está quebrada. Ele disse ainda que tem casos onde não se consegue fechar a equipe com médicos e as UTIs acabam não funcionando. "Em Canindé só tem médico na UTI as sexta-feiras". O sindicalista também acusou os gestores do Samu de estarem maquiando dados para não perder recursos.

 

Na versão dele, bases que já estariam desativadas aparecem no Portal da Transparência como em funcionamento. "O Samu está mentindo informando que algumas bases estão funcionando e vem dinheiro para elas. Tem no Portal da Transparência como funcionando, mas estão fechadas há anos", disse Adilson Capote citando como exemplos os casos de Pinhão e Riachuelo. Ele acrescentou que as ambulâncias estão sendo catalogadas e, por conta do recesso, em janeiro irá formular a denúncia no Ministério Público Federal (MPF).

 

O assessor de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Alberto Jorge, rechaçou as denúncias feitas pelo sindicalista e explicou que atualmente a gestão da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) é acompanhada e compartilhada pelo Ministério Público Federal (MPF) através do procurador Ramiro Rockenbach.  

 

"Todo procedimento é crivada pelo TCE e MPF. Esse procedimento foi determinado, foi aceito, conversado e pactuado entre o juiz federal Edmilson Pimenta, a gestão da FHS e a Secretaria de Estado da Saúde para que o contrato fosse renovado. Isso nos dá uma tranquilidade grande, porque o Samu pertence a FHS, e toda gestão também é acompanhada pelo MPF", disse o assessor da SES. Com relação amelhoria na frota de ambulâncias, ele acrescentou esta também tem sido uma luta da secretária Conceição Mendonça.

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