Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil lutou ao lado dos aliados contra as forças do Eixo, enviando milhares soldados do Exército Brasileiro para o sul da Itália afim de combater os nazistas e seus simpatizantes ali presentes. A então Força Expedicionária Brasileira (conhecida também pela sigla FEB) foi força militar aeroterrestre constituída por pouco menos do que 26.000 homens e mulheres.
A participação de Sergipe no conflito, embora menos conhecida nacionalmente, foi de extrema importância e gerou heróis notáveis, tanto no fronte de combate quanto em outras áreas.
O envolvimento do estado na Segunda Guerra Mundial começou de forma dramática, com o torpedeamento de navios brasileiros por submarinos alemães na costa sergipana em agosto de 1942. Esse evento foi o estopim para que o Brasil declarasse guerra aos países do Eixo.
Entre os combatentes sergipanos que mais se destacaram estão:
– Sargento Zacarias Izidoro Cardoso: Nascido em Maruim, ele se tornou uma figura lendária. Zacarias foi um dos grandes heróis da Batalha de Monte Castello, uma das mais difíceis e sangrentas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Por seus atos de bravura, ele foi condecorado com a Silver Star, uma das maiores honrarias do Exército dos Estados Unidos.
– Tenente Aurélio Vieira Sampaio: Natural de Aracaju, o tenente-aviador Aurélio Vieira Sampaio era um piloto da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele se destacou em diversas missões de combate e morreu em combate na Itália, aos 24 anos de idade. Sua história é de grande idealismo, pois ele se voluntariou para a guerra por três vezes, movido pelo desejo de lutar pela democracia e contra o nazismo.
– General Walter de Menezes Paes: Ele e seu irmão, o Capitão Álvaro de Menezes Paes, também tiveram uma participação relevante. Walter era oficial de Infantaria e Álvaro um Capitão médico. Ambos subiram de patente ao longo da carreira, com Walter alcançando o posto de General e Álvaro, de General de Divisão.
Além disso, vale mencionar a atuação do jornalista Joel Silveira, natural de Lagarto. Embora não fosse um militar combatente, ele foi correspondente de guerra, sendo um dos poucos jornalistas a cobrir de perto a FEB na Itália. Seus relatos contribuíram imensamente para que a população brasileira conhecesse o dia a dia e os desafios dos pracinhas.