ARACAJU/SE, 27 de novembro de 2024 , 3:28:44

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Consumidores esquecem crise e lotam Ceasa à procura do milho

Agência Jornal de Notícias

Joângelo Custódio

 

No dia de São João, feriado festejado nesta sexta-feira (24) em todo o Nordeste, não se pode faltar o alimento que é base para a rica culinária junina: o famigerado milho verde. Ele reina absoluto no seio familiar, seja cozido, assado à beira do braseiro da fogueira ou transformado em pamonha e canjica.

 

E para garantir a espiga de grãos dourados nos 'arraiás' domésticos Sergipe afora, os consumidores lotam a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), no bairro Getúlio Vargas, desde as primeiras horas desta quinta-feira (23), sem pensar muito na crise econômica.

 

Mesmo antes de adentrar o estabelecimento, já é possível avistar as “montanhas” de espigas verdinhas ocupando os espaços externos e internos da Central, transformando-a em um vistoso milharal com seu cheiro peculiar.

 

A abundância do produto se perde de vista em meio às abordagens dos vendedores, que cativam os clientes à base do grito e da boa lábia, quesito fundamental para fisgar a freguesia.

 

Preços

 

Mesmo com a crise econômica, o preço cobrado pelo milho verde não ficou tão caro com relação ao ano passado. Uma mão, equivalente a 50 espigas, sai entre R$ 20, R$ 25 e R$ 30; o centro (100 espigas) varia entre R$ 40 e R$50. Mas quem prefere levar poucas espigas, 15 unidades saem por R$10. Mas a tendência é que o preço aumente nesta véspera de São João, como explica a vendedora Patrícia Santos.

 

“Certamente o preço sobe. É natural, já que os clientes aparecem aqui em peso e querem levar o milho a todo custo. Mesmo com crise, as vendas serão positivas”, vislumbra a vendedora, que importou o milho de Pernambuco.

 

Outro vendedor confiante é Edilson Aguiar. Ele marca presença no Ceasa todos os anos. “Aqui é o melhor lugar para se vender. É sempre lucrativo. O preço não está muito elevado. O pessoal gosta do milho e estamos aqui para vender”.

 

A consumidora Camila Santos disse que os preços estão bons. “Só fica caro para quem vai comprar muitas espigas. Eu só vou levar umas dez, e me dou por satisfeita”.

 

O cliente José Carlos é do tipo que compra 100 espigas. E acredite, ele paga o preço que for para levar o bendito para casa e fazer a festa com a família. “Vou botar o saco na carroceria e zarpar para casa”.

 

Amendoim

 

O amendoim cozido, patrimônio imaterial do povo sergipano, também é muito prestigiado nas festas juninas. É o petisco predileto dos apreciadores de cervejas e quentões e não pode faltar. Na Ceasa, a lata média sai por R$ 4. A lata grande varia de vendedor, podendo alcançar cifras de R$ 5 a R$ 6.

 

Laranja

 

A laranja também é item indispensável. O saco com 100 unidades está entre R$ 15 e R$ 17, não mais que isso.

 

Coco verde

 

O coco verde pode ser encontrado por R$ 7 cinco unidades. Já o coco ralado encontra-se por R$ 4 e R$ 5.

 

 

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