ARACAJU/SE, 26 de novembro de 2024 , 17:28:03

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Cooperação Técnica em Sergipe beneficiará vítimas de violência doméstica com cirurgias plásticas e atendimentos em saúde

 

O Tribunal de Justiça de Sergipe, por meio da Coordenadoria da Mulher, realizou, na manhã desta quarta-feira (11), uma reunião para delimitar obrigações e competências estabelecidas no Termo de Cooperação Técnica que será firmado com as instituições participantes do Projeto Reconstruir-se. O objetivo do projeto é proporcionar cirurgias reparadoras e outros serviços na área de saúde para mulheres, adolescentes e crianças vítimas de violência doméstica e familiar, que sejam partes em processos em andamento ou julgados.

“Temos aqui um passo definitivo. Inclusive, já marcamos a data de assinatura do convênio para o dia 26 de novembro. Esse projeto é de suma importância, porque sabemos que mulheres, crianças e adolescentes que sofrem com a violência doméstica ficam com marcas físicas muito graves – não só marcas emocionais. O projeto visa a atender esse público de forma multidisciplinar, seja com cirurgias plásticas para aqueles que precisam, seja com o atendimento psicólogo, psiquiátrico, odontológico e o fisioterapêutico. Então, vamos buscar a cura física e emocional para essas mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência”, destacou a juíza coordenadora da Mulher, Jumara Porto.

Participam da cooperação a Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital de Cirurgia, a Universidade Tiradentes, o Centro Universitário Estácio de Sergipe, a Cooperativa dos Anestesiologistas de Sergipe, bem como médicos e cirurgiões plásticos que atuarão de forma voluntária.

“Eu estou muito feliz de participar desse projeto e poder ajudar de alguma forma essas mulheres que foram vítimas de agressões. Cada mulher tem uma série de individualidades a serem abordadas. Então, cada caso será analisado especificamente e verificaremos se há indicação cirúrgica, e, nesse caso, encaminharemos previamente para um atendimento psicológico ou nutricional. Caso a paciente apresente uma perda de pele, uma cicatriz com uma alguma retração, nós vamos analisar e ver qual é a melhor opção cirúrgica para proporcionar essa melhoria, tanto funcional como estética”, explicou a cirurgiã plástica Aline Fioravanti, voluntária do Projeto Reconstruir-se.

De acordo com a minuta do Termo de Cooperação do Projeto Reconstruir-se, a Secretaria de Estado da Saúde disponibilizará uma equipe multidisciplinar do sistema de saúde, bem como os insumos para o acompanhamento e realização das cirurgias reparadoras. “As nossas atribuições, enquanto Secretaria Estadual da Saúde, são justamente viabilizar os equipamentos de saúde, toda a parte instrumental, equipe multidisciplinar, para que consigamos trabalhar com essas reconstruções. O objetivo de todo trabalho de enfrentamento à violência é buscar, inicialmente, a prevenção e impedir que esses atos aconteçam, porém, quando eles acontecerem, temos que trabalhar justamente com a reparação, com a minimização dos danos para essas mulheres e para essas famílias”, salientou o diretor de Atenção Básica da SES, Luan Araújo.

O Hospital de Cirurgia disponibilizará a estrutura física, insumos médicos, exames complementares, equipamentos para os procedimentos cirúrgicos reparadores. “O apoio será operacional na realização dos procedimentos na instituição hospitalar, no fornecimento de materiais, equipamentos, equipe multiprofissional para a realização dos procedimentos de reconstrução e de tratamento cirúrgico das pacientes que forem selecionados para participar desse projeto. Trata-se de um projeto de restauração da cidadania e da humanidade dessas pessoas vítimas de uma agressão tão injusta e tão dramática”, declarou o diretor-técnico do Hospital de Cirurgia, Hilton Morais.

A Universidade Tiradentes atuará no atendimento psiquiátrico, psicológico e odontológico, e o Centro Universitário Estácio de Sergipe fornecerá os serviços de psicologia e fisioterapia para mulheres, adolescentes e crianças vítimas de violência doméstica e familiar que forem encaminhadas pelo Poder Judiciário.

Fonte: TJ-SE

 

 

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