Da redação, AJN1
A Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal) vai apurar um incidente ocorrido entre o delegado de Riachuelo, João Martins, e manifestantes que realizavam um ato em frente a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenado da Petrobras (Fafen-Sergipe), localizada na rodovia estadual SE-211, em Laranjeiras. O fato aconteceu na tarde desta quarta-feira (24), quando o delegado tentou entrar na fábrica, que estava com o acesso bloqueado. Os manifestantes alegam que uma pessoa foi agredida e que o delegado teria efetuado disparos. A versão é contestada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), no relato do delegado, ele nega a autoria de disparos e afirma que foi agredido e teve o veículo depredado e saqueado por manifestantes.
“Tudo será apurado com isenção e lisura. Estamos solicitando as imagens das câmeras de segurança da Fafen para auxiliar nas investigações”, garantiu da diretora da Copcal, Viviane Cruz Pessoa. Ela disse ainda que a Coordenadoria está aberta as pessoas que tiverem imagens ou que possam contribuir com alguma informação para elucidação do fato. A diretora da Copcal fez um alerta para que as pessoas tenham cuidado com o que divulgam em redes sociais para não propagar boatos.
A informação da SSP é que o delegado foi até a Fafen para almoçar, conforme convênio para fornecimento de alimentação para policiais que atuam na região. Ao se deparar com o bloqueio da pista, ele teria conversado com alguns manifestantes e foi liberado para seguir até a empresa. No entanto, ao chegar no portão principal teve a passagem impedida e foi acoado por outras pessoas que participavam do ato.
Diante da situação, o delegado alega que entregou a arma ao vigilante da Fafen e tentou dialogar com o grupo, mas acabou agredido por um dos manifestantes e teve a roupa rasgada. Como o veículo estava sendo depredado, o delegado recolheu a outra arma que esta no carro na tentativa de afastar as pessoas e impedir que se apossassem dela.
Na versão do delegado não houve registro de disparos. O autor da agressão teria sido detido, mas diante da situação e na demora de chegar reforço ao local, o acusado acabou liberado.”Temos toda tranquilidade de que não houve nenhum disparo e nenhuma ação violenta do delegado. Pelo contrário ele manteve o controle o tempo inteiro”, destacou Viviane Cruz Pessoa, acrescentando que a apuração está na fase de coleta de provas e o veículo depredado foi encaminhado para ser periciado.
Representantes dos manifestantes alegam que o delegado chegou ao local, em um veículo descaracterizado e não apresentou nenhuma comprovação que se tratava de um policial. Ele ainda teria forçado para passar pelo bloqueio. Eles alegam ainda que o delegado foi o agressor e não o agredido. A informação é que o caso será comunicado na Corregedoria Geral da Polícia Civil (Corregepol).