A Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc), em parceria com o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), realizou na manhã de ontem (3) a primeira vídeoaudiência interestadual, o que teria resultado em uma economia de mais de R$ 5 mil. Enquanto o presidiário acusado por tráfico estava na sala do Centro de Vídeoaudiências no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, o magistrado conduzia o interrogatório do fórum de Delmiro Gouveia. O advogado do acusado também acompanhou e interagiu com o juiz através do vídeo.
De acordo com a Sejuc, sem a vídeoaudiência seria preciso mobilizar todo um aparato de segurança e transporte para fazer o encaminhamento do preso até Alagoas, o que resultaria em gastos com o pagamento de diárias e combustível. O Centro de Videoaudiências possui toda estrutura técnica, o que tem favorecido para a realização das audiências. No mês de abril, das 39 audiências realizadas pela 4ª Vara Criminal de Aracaju com presos recolhidos no Copemcan, 14 foram através videoconferência. A tendência é que o serviço seja estendido para outras varas criminais.
“A vídeoaudiência veio para melhorar a segurança, acelerar os processos dos presos e baratear o custo do investimento do Estado. Temos uma audiência transmitida de Delmiro Gouveia, imagina se tivéssemos que deslocar esse interno daqui para Alagoas, imagina o transtorno que seria, ele poderia ser resgatado no caminho. Então é uma economia tanto de pessoas e também de material como gasolina, alimentação e com a videoaudiência isso vem melhorar muito. Inicialmente estamos atendendo a 4ª Vara Criminal, mas a tendência é se estender ao estado todo,” disse o coordenador do Centro de Vídeoaudiência, Wilton dos Santos.
O secretário de Justiça, Antônio Hora Filho, acompanhou a vídeoaudiência e destacou a importância da ação parra acelerar os processos dos presos que aguardam o julgamento, mas também a espera das famílias das vítimas desses réus por justiça.
“Os processos precisam ter andamento, tanto para o próprio preso ter a certeza de que ele não está sendo esquecido pela sociedade e pela justiça, para em um futuro próximo ter o seu alvará de soltura ou a sua condenação definitiva, se for o caso, e ao mesmo tempo a sociedade, ela precisa saber que os delinquentes não estão impunes, para impedir que os parentes das vítimas desses presos, fiquem aguardando anos e anos o julgamento do réu, disse Antônio Hora.
O secretário ressaltou, que “as videoaudiências vêm contribuir para a efetivação da justiça, para a celeridade dos processos e com isso, à médio e longo prazo alcançar a redução da população carcerária, e também abrandar os ânimos dentro do presídio, uma vez que os presos se sintam atendidos pela justiça.”
* Com informações da Ascom Sejuc