Da redação, AJN1
Equipes da Defesa Civil, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e do Instituto de Criminalística realizam nesta terça-feira (7) uma perícia na caixa d’água do povoado Campo Grande, em Nossa Senhora das Dores, que desabou na tarde de ontem (6) sobre uma escola municipal, matando duas crianças e deixando outras 20 pessoas feridas. O acidente está sendo investigado pela equipe do delegado de Dores, Marcos Garcia, que nos próximos dias vai ouvir familiares das vítimas, funcionários da escola e moradores do povoado.
“Espero contar com os órgãos técnicos para que possam nos auxiliar na investigação e ao final, ou responsabilizar alguém ou não. Esperamos que no final possamos dar uma resposta para população”, disse o delegado, acrescentando que na base da reservatório de água é visível os sinais de corrosão. “O que houve foi desleixo. Não tenho conhecimento técnico, mas é clara a corrosão. Eu preciso de uma informação técnica e cientifica para buscar a responsabilização”, destacou.
Segundo moradores da localidade, há vários anos que a comunidade vinha se mobilizando para cobrar a retirada da caixa d’água do local. “Não queríamos reparos. Nosso pedido era para retirar a caixa dali”, disse Edna Pereira. Além disso, existem informações que um abaixo assinado solicitando a retirada do reservatório chegou a ser feito e encaminhado ao Ministério Público.
A caixa d’água tinha capacidade para armazenar mais de 30 mil litros de água e era utilizado no abastecimento da comunidade do povoado Campo Grande. Além de conviver com a tragédia provocada pelo desabamento do reservatório, desde ontem que os moradores estão com o abastecimento de água suspenso. A informação da Deso é que, a princípio, serão disponibilizados caminhões-pipa até que outra alternativa seja encontrada para o abastecimento de água do povoado.