A Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB-SE) se mantém contrária à proposta de privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Para a direção da central no Estado, transferir a gestão da empresa para a iniciativa privada é dilapidar um patrimônio dos sergipanos. A Deso foi fundada em agosto de 1969 e, desde então, é a responsável por todos os estudos, projetos e execução de serviços na área de abastecimento de água e saneamento básico em 71 dos 75 municípios sergipanos.
“Durante todos esses anos, com todas as limitações, a Deso tem sido fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado. Isso é inegável. Fornecer água de qualidade e construir redes de esgoto em quase todos os municípios sergipanos representa uma melhoria considerável na qualidade de vida do nosso povo. São 47 anos de serviços prestados. A Deso é um patrimônio dos sergipanos e, por isso, nós somos contra a privatização da empresa”, enfatiza o presidente da CTB/SE, Edival Góes, .
De acordo com o dirigente sindical, a água é um bem finito, fundamental para a sobrevivência do homem e não pode estar nas mãos do capital privado, que visa apenas auferir lucros à custa dos sergipanos. Edival lembra que, diferentemente das empresas privadas, a Deso tem um importante papel social. Tanto é que 70% da população do Estado paga uma tarifa diferenciada. Ele acredita que a venda da companhia pode representar a perda desse benefício destinado às pessoas de baixa renda.
Outro aspecto negativo da venda da Deso será a demissão dos funcionários concursados da empresa. “Pessoas que investiram tempo e dinheiro estudando para participar dos concursos da Deso, que têm boa formação e capacidade técnica poderão perder seus empregos da noite para o dia. Isso também precisa ser levado em consideração pelos gestores. Se a privatização da Deso se concretizar, o índice de desemprego no Estado vai aumentar”, alerta Edival.
Na opinião do presidente da CTB/SE, só há uma saída: o governo de Sergipe deve recuar e assumir publicamente que não privatizará a Companhia de Saneamento.
Fonte: Ascom CTB/SE