Da redação, AJN1
No mês de julho, o valor da cesta básica de Aracaju apresentou queda de 6,49%, perfazendo a maior baixa entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$392,75 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa. Esse valor é o mais barato do país.
No mês de junho, por exemplo, a capital sergipana havia apresentado alta de 4,97%, perfazendo o maior aumento entre as capitais pesquisadas pelo Dieese, deixando o valor da cesta em R$420,03.
Conforme o Dieese, o custo da cesta caiu em 13 das 17 capitais analisadas. Nas outras quatro capitais, o custo subiu.
Entre as capitais analisadas, a cesta básica mais cara encontrada foi a de Curitiba, onde o preço médio estava em torno de R$ 526,14; seguida por São Paulo, com custo médio de R$ 524,74.
Pandemia
Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Dieese suspendeu a coleta presencial de preços e começou a coletar os preços por meio de telefone, aplicativos de entrega, e-mail e consultas na internet. Com a dificuldade para coletar esses dados, a amostra teve que ser reduzida. Somente na capital paulista a coleta continua sendo feita de forma presencial.
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara do país, o valor do salário mínimo, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, teria que ser de R$ 4.420,11, o que corresponde a 4,23 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 1.045.
Variações
Os preços do leite integral e da manteiga tiveram aumento em 16 e 12 capitais, respectivamente. O valor do óleo de soja apresentou alta em 15 capitais. O preço médio do arroz agulhinha ficou mais alto em 14 capitais, com destaque para Aracaju (12,18%), Rio de Janeiro (6,11%) e Curitiba (5,96%). De junho para julho, o valor do tomate caiu em 14 cidades. As quedas mais intensas
ocorreram em Aracaju (-39,71%), Vitória (-30,27%) e Natal (-21,77%).
O preço do feijão recuou em 12 capitais. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, variou entre -1,27%, em Aracaju, e -15,44%, em Belém. A batata, pesquisada no Centro-Sul, teve o custo reduzido em todas as cidades.