O custo da cesta básica de alimentos em Aracaju reduziu R$ 10,38 entre os meses de setembro e outubro deste ano, uma queda de 1,95%, de acordo com o levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nessa terça-feira, 7. O tomate (-12,97%) e o feijão (-4,53%) puxaram a redução. Para levar os alimentos básicos para casa, o trabalhador aracajuano teve de desembolsar R$ 521,96. Esse valor comprometeu 42,75% do salário mínimo.
Na variação do ano, o custo da cesta básica na capital sergipana acumula alta de 0,17%. No acumulado de 12 meses, aumento de 1,25%.
Segundo o Dieese, a queda nos preços do tomate pode ser atribuída ao calor intenso, que maturou o tomate, elevando a oferta desses alimentos no varejo. Já o feijão ampliou os grãos colhidos com a irrigação, abastecendo o varejo. Outros produtos com redução de preço foram: manteiga (1,56%), leite (0,92%), farinha (0,70%) e carne (0,19%).
Na contramão, o açúcar teve aumento do preço internacional e a maior exportação, que reduziram a oferta interna e o preço foi maior no varejo (aumento de 2,51%). Outros produtos com aumento foram óleo (2,45%), arroz (1,71/%), banana (1,67%), pão (0,94%) e café (0,90%).
Capitais
Em outubro de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 12 das 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. As quedas mais importantes ocorreram em Natal (2,82%), Recife (2,30%) e Brasília (2,18%). As altas foram registradas em Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%) e Goiânia (0,81%).
Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 554,88) e Recife (R$ 557,10).
Salário
Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 ou 4,60 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.280,93 e correspondeu a 4,76 vezes o piso mínimo. Em outubro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.458,86 ou 5,33 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.