Durante coletiva de imprensa realizada no início da manhã desta segunda-feira, 25, na sede da Cult, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial de Ensino (Sintese) recebeu do Tribunal de Justiça a notificação de ilegalidade da greve da categoria.
A presidente do Sintese, Ângela Melo, lamentou a decisão judicial. "A determinação do desembargador José dos Anjos foi unilateral. Ele não procurou nos ouvir e, no quarto dia de greve, decretou a ilegalidade”, disse, ao acrescentar que o sindicato vai recorrer da decisão.
De acordo com Ângela Melo, haverá uma reunião extraordinária hoje à tarde, no Instituto Histórico e Geográfico, objetivando decidir se a categoria continua ou não com a paralisação.
Greve
Em greve desde a última segunda-feira, 18, os professores cobram do Governo do Estado reajuste de 13,01% para todas as classes, melhorias em infraestrutura de escolas, dignas condições de trabalho, merenda escola de qualidade, segurança nas unidades de ensino, dentre outras reivindicações.
O governo de Sergipe disse veementemente que o Estado não tem condições de dar o reajuste neste momento, alegando falta de recursos. Dessa forma, pediu a Justiça no último dia 21 a ilegalidade da greve, sendo atendido pelo desembargador José dos Anjos no dia 22.
Cerca de 170 mil alunos estão sem aula nesse momento. A preocupação imediata do Governo é com 8 mil estudantes que irão prestar o Exame Nacional de Ensino Médio e já iniciarão as inscrições a partir de hoje.