Com o objetivo de combater os crimes no âmbito das propriedades rurais, como furto ou roubo de gado e violência contra os proprietários e funcionários do setor primário, foi criada a Delegacia de Repressão a Crimes Rurais em Sergipe. A unidade da Polícia Civil já está em funcionamento e vem atuando na conscientização dos produtores sobre a importância da denúncia para a elucidação dos crimes, localização de suspeitos de investidas criminosas na Zona Rural e devolução de bens subtraídos das propriedades. Segundo pesquisa feita pela Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese), 44% dos proprietários de áreas rurais não comunicam os fatos criminosos à polícia.
Diante desse cenário, a Polícia Civil criou a Delegacia de Repressão a Crimes Rurais em Sergipe, que fica localizada no bairro Capucho, no mesmo prédio onde funciona a 8ª Delegacia Metropolitana (8ª DM), na Zona Oeste de Aracaju. A unidade policial vem atuando na conscientização dos produtores rurais sobre a importância de fornecer informações sobre ações criminosas na Zona Rural, de modo a auxiliar a atuação da Polícia Militar, nas rondas e abordagens, e também subsidiar as investigações, que podem resultar em operações, para a garantia de segurança no campo.
Como parte do investimento no funcionamento da unidade policial, a Faese entregou equipamentos que irão contribuir ainda mais com a atuação da Delegacia de Repressão a Crimes Rurais. Na manhã desta terça-feira, 2, a Faese fez a entrega de dois notebooks e duas impressoras, que serão utilizados nas atividades da delegacia. O presidente do sistema Fese/Senar, Ivan Sobral, destacou que a parceria é fundamental para o combate aos crimes em propriedades rurais, propiciando a segurança necessária para que os produtores continuem fornecendo alimentos à população.
“Nós montamos uma parceria com a SSP, no início da criação dessa delegacia, no sentido de auxiliar o produtor rural, que está afastado, produzindo alimentos e acaba sendo alvo de grupos criminosos. Atentos a essa questão, nós solicitamos a criação da delegacia e, agora, temos a contribuição do sistema Faese/Senar, onde fazemos a doação dos equipamentos que vão colaborar com a repressão de crimes na Zona Rural”, enfatizou.
Ivan Sobral ressaltou que a pesquisa feita pela Faese mapeou a situação dos produtores rurais com o foco de fornecer subsídios ao trabalho da segurança pública no combate à criminalidade nas propriedades rurais. Segundo o levantamento feito pela instituição, as ocorrências mais comuns, no âmbito da violência patrimonial, são as de roubo ou furto em residência, de animais e de equipamentos, objetos e utensílios que são utilizados na produção rural. Já no tocante à violência pessoal, os casos mais recorrentes são os de ameaça e agressão física.