Da redação, AJN1
Os delegados da Polícia Civil de Sergipe estiveram na manhã desta quinta-feira (1º), em frente ao Palácio dos Despachos – sede do Governo estadual -, com o objetivo de protestar contra o que eles chamam de “tratamento discriminatório”, por parte do Governo, entre as carreiras do funcionalismo público.
A categoria suspendeu os plantões e as visitas de familiares aos detentos em delegacias da capital e do interior como forma de sensibilizar o governador Jackson Barreto a analisar as pautas de reivindicação, que tramitam há mais de três anos, sem avanços.
Insatisfeito com a morosidade do governo e com a crescente superlotação das delegacias, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), delegado Paulo Márcio, foi taxativo ao afirmar que o sistema carcerário em Sergipe está falido.
“Além das nossas pautas de reivindicação, existe um agravamento de acumulação de presos nas delegacias. A expectativa é que, com a inauguração da Cadeia Pública de Areia Branca, que deve ocorrer nos próximos dias, boa parte dos detentos sejam transferidos para lá, só que não”, explica ele, ao reiterar que são mais de 300 presos, sendo 200 na capital e mais de 100 no interior do Estado”, lamentou.
Medidas
Ainda ontem (30) a categoria se reuniu em assembleia e decidiu, por unanimidade, suspender plantões e visitas de familiares aos presos custodiados nas delegacias da capital e do interior, além do atendimento restrito à lavratura de autos de prisão em flagrante, termos de ocorrência circunstanciado e expedição de guias de exame pericial. A categoria promete ainda entregar as delegacias que estão superlotadas.
