ARACAJU/SE, 28 de novembro de 2024 , 3:46:39

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Delegados protestam e não descartam greve geral

Da redação, AJN1

 

A Associação dos Delegados de Polícia Civil de Sergipe (Adepol), em conjunto com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol), fizeram na manhã desta terça-feira (13), um protesto em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP), com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a política de atraso e parcelamento dos salários por parte do governo do Estado, prática essa que vem desde 2014 e parece piorar a cada mês.

 

Segundo o presidente da Adepol, Paulo Márcio Cruz, para se ter ideia da gravidade da situação, o salário de agosto foi pago 30% na data de ontem, e o restante ainda não tem data definida para ser quitado. “Já corremos o risco de ter praticamente um mês de salário abocanhado, engolido pelo governo do Estado. O que era um mero inconformismo, o que era uma mera insatisfação, se converteu em uma revolta que tomou 100% dos delegados de Polícia, 100% dos agentes e escrivães”, afirma.

 

E a dívida do Governo com os delegados de Polícia vai além dos salários. “Destaco que existe um calote por parte do governo em relação às horas extras. Tem delegado com mais de 300 horas extras trabalhadas e não pagas. Um verdadeiro calote. Os delegados que não estão recebendo hora extra não vão querer trabalhar no dia das Eleições”, expõe Paulo.

 

O presidente da Adepol lista ainda mais contrapartidas não cumpridas por parte do Estado. “O governo tem que resolver rapidamente o pagamento das licenças-prêmios. Tem servidor que está há quatro anos, todos os dias andando no DAF, no setor pessoal, para receber essa licença que já foi vendida ao Estado há mais de quatro anos. Os delegados trabalham acumulando até três delegacias sem nenhuma contrapartida financeira do Estado. O Estado levou dois anos para implementar o subsídio e quando fez, já estava defasado. Ainda o fez de forma atrasada e gradual, o que está gerando uma diferença a menor para estes servidores e não faz o mínimo esforço para pagar essa diferença”, lamenta.

 

Na tarde de hoje, os delegados de Polícia Civil se reúnem em assembleia para deliberar uma possível greve, que, se aprovada, deverá aumentar ainda mais a insegurança que acompanha a Capital nesse atual cenário de descaso por parte do Governo.

 

“Essa greve pode ser decretada ou não. Mesmo que a greve não seja decretada, outras medidas contundentes serão. Esse Estado tem um governo ineficiente, totalmente descomprometido com os seus servidores e com a população e está à beira de uma intervenção Federal. Esse Estado está descontrolado. É um trem descarrilhado, um barco à deriva. É um estado sem governo. Governador Jackson Barreto, ou governa ou renuncia!”, finaliza Paulo Márcio.

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