Juliana Moura/CS
O Dia Nacional dos Aposentados, neste domingo (24), será comemorado de uma maneira diferente este ano, segundo o presidente da Federação dos Aposentados de Sergipe, João Valmir de Souza. De acordo com ele, devido a atual situação dos aposentados, que inclui baixos salários, os inativos farão na segunda-feira (25), um protesto no Centro da cidade para chamar a atenção dos políticos e da sociedade.
“Temos o que comemorar por causa da data, mas na verdade, hoje, a realidade dos aposentados é muito difícil. Essa política econômica do Brasil só tem prejudicado os inativos. Salários baixos e atrasados, por exemplo, são apenas alguns dos problemas. Então temos que festejar porque o dia 24 é especial, mas vamos lembrar a data com um protesto na segunda para chamar atenção da sociedade e dos políticos porque o sistema precisa ser mudado, senão os aposentados vão sofrer cada vez mais”, disse.
Projeto
Ele afirma que há vários projetos que beneficiam os aposentados engavetados na Câmara de Deputados, entre eles, o que solicita a recuperação das perdas salariais e o fim do fator previdenciário. Para ele, os políticos não tem dado a atenção aos aposentados e se continuar do jeito que está a situação dos inativos, que em sua maioria são idosos, só irá piorar.
“Temos vários projetos aprovados pelo Senado e que estão engavetados na Câmara dos Deputados porque os políticos não dão atenção as nossas reivindicações e projetos. Lutamos, por exemplo, pela recuperação das perdas salariais e pelo fim do fator previdenciário, mas todos os projetos estão lá parados, infelizmente”, afirma.
Baixos salários
Para se ter uma ideia da remuneração dos aposentados, João Valmir conta que somente pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) há cerca de 32 milhões de aposentados e aproximadamente 23 milhões recebem um salário mínimo. “Quem recebia quatro ou três salários mínimos, hoje, recebe um. E com o atual sistema a tendência é piorar e mais aposentados receberem somente um salário mínimo”, declara.
Além disso, o presidente da Federação disse que a saúde e o transporte público são outras questões que também prejudicam muito a vida dos aposentados. “Não temos uma rede de saúde de qualidade para os aposentados e o transporte público para os idosos é precário. O desrespeito com os idosos é total e nessas condições fica difícil ter qualidade de vida”, conclui João.