O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, traz a conscientização sobre o impacto do diabetes na vida das pessoas, em especial entre os idosos, que enfrentam desafios específicos para manter o controle glicêmico. A nutricionista Cecy Maria de Lima, Mestre e Doutora em Ciências da Saúde pela UFMG e agenciada da Padrão Enfermagem na unidade de Contagem em Minas Gerais, explica que o envelhecimento traz mudanças físicas e comportamentais que dificultam o controle da glicemia. “O uso de múltiplos medicamentos afeta a digestão e o paladar, além de somar-se à presença de outras doenças crônicas, à fragilidade física e à resistência a mudanças de hábitos”, comenta.
Ela conta que o controle glicêmico na terceira idade exige uma abordagem individualizada, focada em equilibrar o controle do diabetes com a qualidade de vida do paciente. E por isso, o idoso que necessita de um cuidador em casa, precisa de um profissional que entenda sua rotina e hábitos. “É fundamental entender o dia a dia do paciente para adaptar o plano alimentar de forma que ele não só controle o diabetes, mas também mantenha sua capacidade funcional e cognitiva, reduzindo o risco de hipoglicemia”, explica.
A nutricionista ressalta que em uma rotina eficaz tanto para um cuidador profissional como para a família que acompanha o idoso, é importante o fracionamento das refeições em cinco a seis porções diárias, com porções moderadas e controle de carboidratos, é uma estratégia recomendada. “O cuidador desempenha um papel crucial, garantindo horários adequados de medicamentos e incentivando uma alimentação saudável. A socialização nas refeições, por exemplo, é uma forma de tornar o momento mais agradável, fixando horários e melhorando a adesão ao plano alimentar”, explica.
A conscientização sobre esses cuidados ressalta a necessidade de estratégias individualizadas para que idosos com diabetes vivam de forma plena e segura.