Velho Chico, a Alma do Povo Xokó é o único representante do Nordeste na Mostra Competitiva de Longas Documentais do 52º Festival de Cinema de Gramado, que acontece entre os dias 9 e 17 de agosto, na serra gaúcha. Dos 158 títulos submetidos para a mostra, a curadoria do mais respeitado festival de cinema brasileiro escolheu cinco para compor a competição, dentre eles, o documentário sergipano. A mostra terá exibição exclusiva pela grade linear do Canal Brasil ou pela Globoplay, de 12 a 16 de agosto, no horário das 20h20. Velho Chico a alma do povo Xokó será exibido na quarta-feira, dia 14 de agosto, neste mesmo horário.
Na avaliação do Cacique Bá, a escolha do documentário para integrar a mostra competitiva, em Gramado, é considerada uma vitória. “É muito emocionante tudo isso. Desde as filmagens que isso mexe com a gente. As falas marcantes, profundas, nos inspiram. Nós já somos vitoriosos, porque essa produção mostra que nós temos uma história, temos uma alma, a alma Xokó, e temos a nossa fonte de existência que é o Velho Chico, mas eu acredito que podemos subir mais um degrau e trazer o troféu para casa”, diz a liderança indígena referindo-se ao Kikito de Ouro, principal troféu do cinema brasileiro.
Já a produtora executiva do documentário, Cacilda de Jesus, lembra que, pela primeira vez, um longa-metragem sergipano é indicado para o Festival de Cinema de Gramado. “É um filme que fala do Brasil e deve ser visto por todos os brasileiros. Sua temática é adequada para estudantes, portanto, interessa também aos professores. Sua linguagem é construída para ser compreendida por pessoas de todas as faixas etárias e de diferentes classes sociais”, acrescenta.
Ambientado na Terra Indígena Caiçara, localizada na região do Alto Sertão sergipano, o filme de não ficção narra, de forma poética, a história de um rio e de um povo. Duas histórias que se fundem: a do povo Xokó, uma etnia indígena existente no estado de Sergipe, e a do rio São Francisco, sua razão de existir. Trata das suas lutas e conquistas, da retomada de suas terras, da cultura da cerâmica e dos rituais indígenas, a exemplo do Ouricuri (espaço sagrado) e do Toré (dança circular).
Velho Chico, a alma do povo Xokó é uma realização da WG Produções, com direção de Caco Souza, roteiro de Lelê Teles, produção executiva de Cacilda de Jesus, pesquisa e produção de Michele Amorim Becker. A obra obteve recursos da Agência Nacional de Cinema (Ancine), por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
O documentário também conta com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), principal parceira na produção e primeira janela de exibição da obra (conforme Edital de Chamada BRDE/FSA Fluxo Contínuo para TV 2018). Vale enfatizar ainda que a delegação representante de Sergipe, em Gramado, dispõe de apoio do Governo de Sergipe mediante a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) e a Funcap, bem como da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Além do documentário sergipano, competirão na categoria Longas Documentais, do 52º Festival de Cinema de Gramado: Mestras de Roberta Carvalho (PA); Clarice Niskier, Teatro dos Pés à Cabeça de Renata Paschoal (RJ); Poemaria de Davi Kinski (SP); e Toquinho Maravilhoso de Alejandro Berger Parrado (SP).
Fonte Assessoria de Imprensa