Da redação, AJN1
O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de Sergipe foi de R$ 42,02 bilhões em 2018, apresentando queda no volume de 1,8%, em relação ao ano anterior. A Agropecuária e a Indústria contribuíram para a variação negativa do PIB sergipano, devido ao impacto das condições climáticas desfavoráveis para a agricultura, no primeiro grupo de atividades econômicas, e às retrações em indústrias de transformação e na geração de energia elétrica, no segundo grupo. É o que mostra o “Sistema de Contas Regionais”, estudo divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (13), em parceria com órgãos estaduais de estatística, além das Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus.
Apesar de ter apresentado resultado em volume inferior à média nacional, o estado manteve a participação de 0,6% em relação ao PIB brasileiro. O PIB do Brasil, que foi de R$ 7.004.141 trilhões, teve variação em volume positiva, pelo segundo ano consecutivo, após dois anos seguidos de queda, com crescimento de 1,8% em 2018 na comparação com 2017. Em 2017 o volume do PIB foi de 1,3% e em 2016 foi de -3,3%.
Com esse resultado, o Estado apresentou redução em volume nos quatro últimos anos da série e foi um dos três Estados que não tiveram crescimento em 2017, ao lado de Rio de Janeiro e Paraíba. Ou seja, 2018 foi o 4º ano de queda no volume do PIB em Sergipe. Em 2015, essa queda chegou a -3,3%, -6,2% em 2016, -1,1% em 2017 e -1,8% em 2018. Acompanhando Sergipe, outros estados apresentaram as menores variações do PIB, como o Acre (0,5%), Rio de Janeiro (1,0%), Alagoas (1,1%) e Paraíba (1,1%).
No Estado de Sergipe, a queda em volume do PIB foi motivada principalmente pela Agropecuária. O grupo apresentou queda em volume de 27,3% em Sergipe, no ano de 2018, resultante da variação negativa de duas atividades, entre as três que a compõem. Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, principal atividade agropecuária, teve queda de 34,7%, devido, sobretudo, ao agravamento da estiagem em alguns municípios, prejudicando os cultivos de cereais, especialmente a produção de milho.
Na Pecuária houve queda de 11,1% no ano, justificada pela queda na criação de aves, bovinos e outros animais. Já Produção florestal, pesca e aquicultura apresentou variação em volume positiva de 30,1%, devido à silvicultura.
A Indústria sergipana também teve variação em volume negativa, ainda que menos brusca do que a verificada na Agropecuária. Porém, mesmo com queda em volume de 2,6%, houve aumento nominal do valor adicionado bruto e ganho relativo da Indústria em relação ao total da economia do Sergipe; cuja participação elevou-se de 19,1%, em 2017, para 20,0%, em 2018. O aumento de participação ocorreu, sobretudo, devido às Indústrias extrativas, muito em função da extração de petróleo e gás natural, em que houve aumento de preços.
O mesmo ocorreu em Eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, em que o aumento de preços garantiu o ganho em participação, a despeito da variação em volume negativa.
Em Indústrias de transformação e Construção, por sua vez, houve redução nominal do valor adicionado bruto e variações em volume de -0,6% e -3,1%; respectivamente. Em âmbito nacional, a maior variação do PIB registrado no país foi no estado do Amazonas, com 5,1%. Na classificação nacional da posição relativa da variação do PIB, Sergipe aparece na última posição (27ª).