Pela quarta sessão consecutiva, o preço do café atingiu a máxima histórica na bolsa de Nova York. Os lotes para março fecharam em alta de 2,38%, atingindo pela primeira vez os US$ 3,5720 a libra-peso.
As projeções para a safra brasileira que será colhida neste ano pioraram. Em sua primeira estimativa sobre a safra brasileira de café em 2025/26, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para uma produção 51,8 milhões de sacas, o que representa uma redução de 4,4% em relação à temporada anterior.
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Mas, na avaliação de Vicente Zotti, sócio da Pine Agronegócios, as previsões da estatal tiveram impacto limitado no movimento do café, que sentiu mais o peso das especulações na bolsa.
“O dado [da Conab] saiu às 9 da manhã. No início da tarde, o preço do café na bolsa estava até um pouco mais baixo que o valor do fechamento. Mas como o mercado está muito volátil, os especuladores usaram as projeções da Conab como justificativa para aumentar o número de posições compradas na bolsa”, destaca.
Zotti reconhece que os prognósticos para a safra brasileira são pessimistas, mas acrescenta que a especulação em torno do café pode deixar o mercado imprevisível.
“Estamos em um momento onde há muito agentes concentrados numa zona de sobrecompra [de contratos de café]. Se continuar assim, em breve, não teremos mais o lado vendedor do mercado, e quando houver um movimento de correção a queda nos preços será abrupta e sem qualquer relação com os fundamentos atuais”, pontua.
Açúcar
O açúcar seguiu negociado com preços mais altos na bolsa de Nova York após queda na oferta do Brasil, o maior exportador mundial. Os papéis para março avançaram 0,31%, para 19,23 centavos de dólar por libra-peso.
A moagem de cana no Centro-Sul caiu 4,9% no acumulado da safra 2024/25. Com menos matéria-prima disponível, a produção de açúcar também registrou queda, de 5,5%.
Cacau
O preço do cacau fechou praticamente estável na bolsa de Nova York. Os lotes para março subiram 0,02%, para US$ 11.374 a tonelada.
Suco de laranja e algodão
Nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para março fecharam a sessão em queda de 1,82%, para US$ 4,7315 a libra-peso. No mercado do algodão, os papéis com a mesma data de entrega caíram 0,43%, para 66,98 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Globo Rural