Da redação, AJN1
No início da manhã desta quarta-feira (30), os servidores da administração geral do Estado fizeram um ato no calçadão da João Pessoa, no Centro de Aracaju, com o objetivo de cobrar do Governo um posicionamento concreto sobre a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). A categoria está há 56 dias em greve.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), Diego Araújo, o governo não sancionou a lei que implanta o PCCV.
“Queremos saber se o PCCV vai ou não ser pago. Queremos garantias, os servidores públicos não aguentam mais viver nessa instabilidade. Queremos que Jackson Barreto resolva o problema da administração geral que é grave e histórico. São mais de cinco mil servidores recebendo abaixo no salário mínimo. Queremos que o governador sancione a lei que ele mesmo aprovou e manou para a Assembleia Legislativa”, afirma Diego.
Ainda conforme Diego, o governador Jackson Barreto anunciou durante reunião com a categoria no dia 29 de fevereiro que pagaria em maio o PCCV, mas o secretário da Fazenda já disse que não tem dinheiro.
“Queremos saber quem comanda esse Estado, porque o governador diz uma coisa e sua equipe diz outra. O secretário aponta o déficit previdenciário como principal problema do Estado, porque o governo tem que entrar com o aporte de 40% por mês para pagar. Por que o Governo não devolve os aposentados para os poderes e tira das costas do executivo? Devolve os aposentados para o Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e outros órgãos que tem recursos próprios e com isso irá economizar”, sugere o presidente.
O sindicalista ainda sugere que se faça cortes nos cargos comissionados para o Estado economizar. “Nas contas do Estado, a folha de pagamento é de R$ 200 milhões por mês, desse valor 3,5% é referente a cargo em comissão. Para implantar o PCCV é preciso de R$ 1,3 milhão por mês, cortando esses cargos em comissão seria em R$ 7 milhões de economia. Então, daria, sim, para pagar o PCCV aos servidores que deveriam ser a prioridade na gestão”.