ARACAJU/SE, 11 de setembro de 2025 , 22:36:05

Em março, vendas no varejo em Sergipe recuaram 3,1%

Em março de 2021, o comércio varejista em Sergipe recuou 3,1% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Em dezembro de 2020, após sete meses com variações positivas, o volume das vendas do comércio varejista voltou a cair (-6,1%), iniciou o ano de 2021 em queda e voltou a apresentar um índice positivo em fevereiro (1,5%). Apesar disso, em março, o índice em Sergipe apresentou recuo superior ao do Brasil (-0,6%). Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (7).

No acumulado dos três primeiros meses de 2021, o volume de vendas no varejo caiu 1,8%. Já no acumulado em 12 meses (abril de 2020 a março de 2021), a queda ficou em 3,0% na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores. Apesar do recuo registrado no mês de março, é importante ressaltar que na comparação com março de 2020, o volume de vendas apresentou um avanço de 4,3%, na série sem ajuste sazonal. O mesmo ocorre nesta comparação com o ano passado em relação à receita nominal (16,3%).

No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas em março de 2021 também apresentou recuo de 5,9%. Em fevereiro, houve um crescimento de 1,2%. O índice da receita nominal recuou 4,6% em março de 2021 e em comparação com o mesmo mês do ano anterior, teve um aumento de 32,2%. Isso ocorreu porque em março de 2020, as restrições por conta da pandemia tiveram início.

Em âmbito nacional, o recuo foi acompanhado por sete das oito atividades investigadas pela pesquisa. O principal impacto negativo veio do setor de móveis e eletrodomésticos, cujas vendas caíram 22,0% em março. O gerente da pesquisa no Rio de Janeiro, Cristiano Santos, explica que essa atividade foi muito influenciada pelo comportamento dos consumidores durante a pandemia.

“No primeiro momento, o setor teve um crescimento acentuado porque, estando em casa, as pessoas repuseram muita coisa tanto em móveis quanto em eletrodomésticos. Mas passada essa primeira fase, não há crescimentos tão expressivos assim. E, quando as vendas diminuem, o setor costuma fazer promoções. Então houve um aquecimento das vendas em fevereiro e essa queda em março”, diz.

As outras quedas na comparação com fevereiro foram registradas pelos setores de tecidos, vestuário e calçados (-41,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-19,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9%), combustíveis e lubrificantes (-5,3%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%).

O único setor que cresceu nessa comparação foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%). O pesquisador explica que o segmento foi um dos únicos beneficiados no período de pandemia por ser considerado um serviço essencial.

Varejo tem queda em 22 unidades da federação Em março, 22 das 27 unidades da federação refletiram a queda da média nacional frente ao mês anterior, com destaque para Ceará (-19,4%), Distrito Federal (-18,1%) e Amapá (-10,1%). Por outro lado, os destaques com taxas positivas foram Amazonas (14,9%), Acre (11,2%) e Roraima (4,2%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação negativa também se deu em 22 unidades da federação, destacando- se Bahia (-15,2%), Piauí (-13,2%) e Distrito Federal (-12,8%). Já os principais impactos positivos vieram de Amazonas (15,7%), Roraima (5,3%) e Acre (1,3%).

 

 

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