Da redação, AJN1
Em outubro, o número de pessoas desempregadas em Sergipe chegou a 167 mil pessoas. É o que mostra a série da PNAD COVID-19, divulgada nesta terça-feia (1º) e que teve início em maio de 2020. Com isso, a taxa de desemprego (taxa de desocupação) chegou a 17,8%, mais um valor recorde na série histórica da pesquisa.
Conforme a pesquisa, o número de pessoas ocupadas, porém, manteve-se estável na prática, com uma variação de 775 mil pessoas em setembro para 774 mil pessoas, sem relevância estatística. O aumento no número de pessoas desempregadas se deveu sobretudo às pessoas que estavam fora da força de trabalho em setembro e que, em outubro, passaram a tomar algum tipo de providência para conseguir emprego.
Em setembro, havia 917 mil pessoas fora da força de trabalho no conjunto das pessoas com 14 anos ou mais de idade. Em outubro, eram 902 mil pessoas, o menor valor da série histórica da PNAD COVID-19. Em julho, esse contingente chegou a 1,001 milhão de pessoas.
3ª maior do Nordeste
Os resultados de outubro colocam Sergipe entre os três estados com a maior taxa de desocupação da região Nordeste. O Maranhão teve a maior taxa do país, com 19,9%. A Bahia teve a segunda maior taxa do país, com 19,5%. Na sequência, Amazonas (18,8%) e Amapá (18,5%) completam o ranqueamento nacional, com Sergipe na quinta posição nacional (17,8%).
A menor taxa de desocupação do país, mais uma vez, foi registrada em Santa Catarina (7,7%). No Nordeste, o estado mais bem posicionado foi o Piauí (11,4%). As variações estatisticamente significativas foram registradas em cinco unidades da federação, dentre as quais Sergipe.
No caso de aumento na taxa de desemprego, registraram-se oscilações relevantes no Piauí (9,9% para 11,4%), em Pernambuco (15,9% para 17,1%), além de Sergipe (16,0% para 17,8%). Foram registradas quedas estatisticamente significativas em Roraima (16,2% para 13,2%) e no Paraná (11,1% para 10,1%). As demais 22 unidades da federação apresentaram estabilidade, no intervalo de confiança da pesquisa.
Trabalhando presencialmente
O número de pessoas ocupadas e que não estavam afastadas nem estavam em trabalho remoto chegou a 664 mil em outubro. Esse número vem crescendo desde o início da pesquisa, em maio, quando havia 536 mil pessoas trabalhando presencialmente e 197 mil pessoas afastadas devido às medidas de distanciamento social.
O contingente de pessoas ocupada, mas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, por sua vez, teve a 5ª queda consecutiva, chegando a 28 mil pessoas, um número sete vezes menor do que o registrado no início da pandemia (197 mil). O contingente de pessoas em trabalho remoto, por outro lado, mantém-se em um patamar estável, alcançando 61 mil pessoas em outubro.
Com informações do IBGE.
