Da redação, AJN1
Em 2021, Sergipe contava com uma estimativa populacional de 2.338 milhões de pessoas. Desse total, a população preta ou parda correspondia a 77,7%. Apesar de serem maioria, o estudo apontou diversas desigualdades em relação à população branca.
Os dados são do estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, que analisa as desproporções entre brancos, pretos, pardos, amarelos e indígenas em cinco temas: trabalho, distribuição de renda, moradia, educação, violência e representação política.
Considerando-se a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres em Sergipe era de 40,0% entre os brancos e de 49,9% entre a população preta ou parda.
Ainda no tocante ao ano de 2021, a taxa de desocupação foi de 16,3% para a população branca, 23,7% para a preta e 21,6% para a parda.
Violência
Pessoas pretas ou pardas também estão expostas a situações de violência com maior frequência. Em 2020, a taxa de óbito por causas indeterminadas na população preta foi de 10,5%, diante de 9,5% da população branca. Em uma análise de homicídios no país, esse número é ainda maior.
Entre as pessoas brancas, a taxa foi de 11,5 mortes por 100 mil habitantes. Entre as pessoas pardas, a taxa foi de 34,1 mortes por 100 mil habitantes e, entre as pessoas pretas, foi de 21,9 mortes por 100 mil habitantes.
Moradia
Pretos e pardos também enfrentam maior insegurança de posse da moradia: em Sergipe, 18,4% das pessoas pretas e 14,4% das pessoas pardas residentes em domicílios próprios não tinham documentação da propriedade, enquanto a proporção entre as pessoas brancas era de 12,5%.
Renda a nível nacional
De acordo com o levantamento, os brancos ganham R$ 3.099 em média. Esse valor é 75,7% maior do que o registrado entre os pretos, que é de R$ 1.764. Também supera em 70,8% a renda média de R$ 1.814 dos trabalhadores pardos.
Mesmo entre pessoas com nível superior completo, persiste uma distância significativa. Nesse grupo, o rendimento médio por hora dos brancos foi cerca de 50% maior que o dos pretos e cerca de 40% superior ao dos pardos. Além disso, embora representem 53,8% dos trabalhadores do país, pretos e pardos ocuparam em 2021 apenas 29,5% dos cargos gerenciais.