Impulsionada por uma mudança de padrão no consumo, a produção de batata-doce no Brasil deu um salto na última década graças, principalmente, ao aumento de tecnologia na cultura, com adoção de irrigação, mecanização e variedades mais produtivas, entre outras.
Segundo Larissa Pereira de Castro Vendrame, engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Hortaliças, a entrada da batata-doce na onda das academias trouxe mais consumidores e de maior renda. “Antes, era um alimento para pessoas de baixa renda. O nordestino continua sendo o maior consumidor, inclusive no café da manhã, mas o brasileiro em geral passou a comer mais batata-doce pensando na dieta.”
A nutricionista Bruna Furtado concorda. Segundo ela, a raiz se tornou queridinha das academias porque é considerada um carboidrato complexo, ou seja, dá energia e continua liberando energia a longo prazo.
“É um alimento muito bom para preservar a energia e força muscular e para poupar o músculo. A batata-doce tem fibras e é muito bem vinda no pré-treino associada a uma proteína, podendo ser preparada com casca. Por ter carga glicêmica baixa, não gera pico de açúcar, controla a fome e dá saciedade.”
Acrescentando que o interesse pela batata-doce é mundial, Larissa lembra que o tubérculo e o grão-de-bico foram enviados neste ano ao espaço em voo suborbital da Blue Origin, que teve a presença da cantora Katy Perry, como parte de uma pesquisa da Embrapa sobre a produção de alimentos em ambientes fora da Terra.
Com o nome científico de Ipomoea batatas, a batata-doce é uma raiz tuberosa originária da América Central e América do Sul que tem a China como maior produtora mundial.
Fonte: Globo Rural





