No Dia Mundial de Combate à desertificação, que se comemora hoje (17), o Centro Comunitário de Formação em Agropecuária Dom José Brandão de Castro (CFAC), recebe o certificado do Programa Dryland Champions 2016, em reconhecimento a sua contribuição no manejo sustentável da terra e às ações de combate a desertificação.
O prêmio é uma iniciativa da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA)/Departamento de Combate a Desertificação/Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A cerimônia acontece na capital federal, Brasilia (DF).
O programa Dryland Champions premia projetos que contribuem para o manejo sustentável de solos nas áreas suscetíveis à desertificação no Brasil. Sob o slogan “Proteger a Terra. Restaurar os Solos. Envolver as pessoas”, a UNCCD comemora a data neste ano defendendo a importância da cooperação inclusiva para restaurar e recuperar terras degradadas e contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A iniciativa tem como objetivo homenagear as atividades de pessoas, organizações e empresas que fazem uma contribuição prática ao manejo sustentável de terras. Com o lema "Eu sou parte da solução", o Dryland Champions centra-se, em primeiro lugar, sobre as pessoas, o seu empenho e esforços para melhorar as condições de vida das populações e as condições dos ecossistemas afetados pela desertificação e a seca.
O Projeto premiado foi o Bioágua Familiar que tem como objetivo atender as necessidades nutricionais das famílias camponesas, garantindo a segurança alimentar e o seu excedente gerar renda. A proposta do projeto é de destinar e tratar de forma correta a água de uso domiciliar para seu reaproveitamento na irrigação de canteiros cultivados com hortifrutigranjeiros, visando atuar em três eixos temáticos que são eles: Ambiental, Gestão e Produtivo.
Uma das principais motivações para o início do projeto foi o problema da falta de água que é um dos maiores agravantes para o desenvolvimento do semiárido brasileiro, em face desta realidade a produção de hortifrutigranjeiros esbarra nesta dificuldade para se expandir inviabilizando a produção familiar.
Neste cenário, também há a cotidiana destinação incorreta da água utilizada pelas famílias nas suas mais diversas atividades o que acarreta em desperdício de água e danos ambientais. Diante desta realidade, a equipe técnica do CFAC do Núcleo Operacional de Poço Redondo se propôs a buscar tecnologias alternativas que minimizem os impactos possibilitando a geração de renda alternativa, alinhadas com práticas agroecológicas.
Fonte: Ascom