ARACAJU/SE, 24 de agosto de 2025 , 1:21:18

Especialista pondera quanto a investimento em criptomoedas

A bíblia, mitologia, astrologia e numerologia, são algumas das tentativas do ser humano de buscar compreender e mudar seu futuro. Com o futuro financeiro não é diferente. Do ouro às criptomoedas, a atualidade é marcada pela profusão de ativos financeiros. É importante questionar qual é o futuro dos investimentos financeiros.

É necessário compreender alguns fatores que provocam intensas mudanças no mundo, principalmente pela tecnologia. “Desde a adoção dos computadores pessoais, nos anos 60 e 70, à criação da internet nos anos 90 e à utilização crescentes dos smartphones, a partir dos anos 2000, a tecnologia vem promovendo inovações na forma como consumimos, nos relacionamos e, também, como fazemos negócios. Em relação aos investimentos, a adoção das tecnologias vem permitindo grandes mudanças, na chamada era do dinheiro 4.0”, explica o professor Mestre, Luis Beltrami, Pró-reitor de Marketing, Comercial e Relacionamentos da Universidade Tiradentes.

Pagamentos instantâneos como o PIX, o crescimento dos bancos digitais como o Nubank, bem como uma possível acessibilidade às negociações de ações e fundos imobiliários na bolsa de valores do Brasil ou no exterior, estão cada vez mais corriqueiros na vida financeira das pessoas. Segundo o professor, uma das tecnologias mais promissoras, que afetam diversos negócios é a blockchain, ou “bloco de dados”, que permite a criação de um grande bloco de informações virtual compartilhado, imutável e sua característica mais importante: confiabilidade.

“Qual impacto da adoção do blockchain nos investimentos?”, instiga o professor. “Uma das possíveis respostas é que essa tecnologia é a base para a existência das criptomoedas, como o Bitcoin e a Ethereum. As Criptomoedas são ativos ou moedas digitais que utilizam a tecnologia para trazer mais segurança às operações financeiras, sem a necessidade de intermediação de um agente financeiro, como os bancos”, esclarece Beltrami.

Apesar de tecnologia promissora, o professor explica que as criptomoedas ainda não são regulamentadas. “Não têm nenhum lastro em bancos ou governos e não são reguladas pelos bancos centrais de cada país, já que não precisam de intermediários. Assim, a volatilidade das moedas digitais deve continuar por bastante tempo, até que a tecnologia se torne corriqueira e substitua antigas formas de pagamento”, ressalta.

Para ele, apesar de todas as controvérsias, as criptomoedas devem se tornar, futuramente, um meio habitual de pagamento de transações e comércio. “Possibilita excelente forma de investimento, desde que se tenha em mente que a sua volatilidade é alta, de modo que não é indicado investir mais de 5% do seu patrimônio nesses ativos”, orienta.

“Redução dos custos das transações financeiras, maior educação financeira, mudança de mindset (mentalidade) e maior acesso às informações (gratuitas ou de baixo custo, como serviços digitais de informações financeiras) irão levar a um aumento da procura por ativos financeiros. O futuro dos investimentos está atrelado a uma maior consciência financeira e ao acesso a diferentes tipos de investimentos, proporcionando uma maior gestão das pessoas sobre seu patrimônio”, conclui.

 

 

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