Manter uma rotina de exercícios físicos na terceira idade é essencial para um envelhecimento ativo e saudável. A prática regular não só melhora a saúde física, como também fortalece o bem-estar mental e social. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idosos que se exercitam frequentemente têm menor risco de desenvolver doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, além de apresentarem melhoras na função cognitiva e no equilíbrio.
Maria da Conceição, conhecida como Dona Conxita, é um exemplo inspirador de como o exercício pode transformar o processo de envelhecimento. Aos 67 anos, ela mantém uma disposição invejável. “Me sinto com 30, meu amor!”, diz com entusiasmo. Há anos frequentadora da Selfit – rede de academias comprometida em despertar a paixão pelo movimento, oferece um ambiente acessível e seguro, com rotinas de exercícios adaptadas às necessidades dessa fase da vida -, desenvolveu, junto com suas amigas, uma rotina que vai além do treino. “Aqui eu me sinto acolhida, é a minha segunda casa”, afirma, destacando o impacto positivo do convívio com as amigas e o carinho dos professores. “A atenção e o carinho dos professores nos fazem sentir valorizados e respeitados”, acrescenta.
O relato de Dona Conxita reforça o que especialistas e entidades como o Ministério da Saúde e a ONU têm destacado: manter-se ativo melhora a independência e a qualidade de vida. A atividade física regular reduz dores articulares e nas costas, além de prevenir sintomas de ansiedade e depressão. “Para chegar a essa idade com vitalidade, é necessário ter uma rotina. Você vem com vontade de treinar, por conta da energia boa e do incentivo que recebemos”, reforça.
ROTINA – Outro estudo brasileiro, publicado na Psychiatry Research, revisou mais de 200 artigos científicos e destacou a musculação como uma aliada importante no combate à depressão e à ansiedade em idosos. Os resultados mostraram que o exercício resistido não apenas melhora a condição física, mas também contribui diretamente para a redução dos sintomas desses transtornos, especialmente entre aqueles com diagnósticos confirmados. Dessa forma, integrar a musculação com exercícios aeróbicos e de flexibilidade é essencial para garantir um envelhecimento com qualidade de vida e bem-estar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que idosos pratiquem entre 150 a 300 minutos de atividades aeróbicas moderadas ou de 75 a 150 minutos de alta intensidade por semana. Essa orientação é fundamental para garantir saúde e qualidade de vida na terceira idade. Segundo Lucas Almeida, instrutor da Selfit, “exercícios indicados para envelhecer bem são aqueles que utilizam força e resistência, ajudando a realizar atividades diárias com mais facilidade”. Ele destaca que o fortalecimento muscular e o equilíbrio são essenciais para garantir a independência nas atividades cotidianas. “Não existem exercícios ‘melhores’, mas sim os que ajudam a melhorar o desempenho, utilizando força e outros métodos”, conta o instrutor.
O especialista ainda ressalta que a prática regular de exercícios pode prevenir doenças e, em muitos casos, melhorar condições já existentes. “Além de prevenir doenças, o exercício físico também ajuda muito na melhora de algumas já existentes. Com a atividade física, você trabalha não só o corpo, mas também o cérebro”, observa Lucas. No entanto, ele alerta sobre a importância de adaptar os treinos para idosos, devido ao risco de lesões. “Devemos ter cuidado ao prescrever atividades para idosos, porque o risco de lesões ou quedas é maior. Por isso, é fundamental adaptar as atividades e trabalhar o equilíbrio”, finaliza.