ARACAJU/SE, 29 de outubro de 2025 , 15:44:17

Facções criminosas “ultracapitalizadas” explicam “caos” no Rio, diz Dino

 

O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), atribuiu à “ultracapitalização” das facções criminosas — isto é, às suas expressivas capacidades econômicas — a situação do Rio de Janeiro após a megaoperação da Polícia Civil na terça-feira (28).

“Por que que está esse caos lá? Porque as facções criminosas estão ultracapitalizadas, certo? E elas se capitalizam como? Só vendendo droga? Não, é dentro do mercado formal. Foi-se o tempo em que as facções criminosas no Brasil viviam apenas de mercado ilegal”, afirmou o ministro durante o Fórum Nacional Brasil Export Infraestrutura 2025.

Segundo Dino, as facções criminosas são, hoje, “grandes operadoras de garimpo, são grandes operadoras no mercado imobiliário, são grandes operadoras no mercado de combustível”.

Antes de tomar posse no STF, o magistrado esteve à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública durante o primeiro ano do atual mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dino foi substituído por Ricardo Lewandowski, que permanece no comando da pasta.

Operação mais letal da história do Rio

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou, na manhã desta quarta-feira (29), que já passa de 130 o número de mortos após uma megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão.

Segundo o órgão, já são contabilizadas as mortes de 128 civis e quatro policiais, num total de 132 vítimas.

A Praça da Penha, na zona Norte do Rio, amanheceu com uma fila de corpos estendidos em uma lona na manhã desta quarta.

Segundo ativistas e moradores, mais de 60 corpos foram retirados pelos próprios cidadãos de uma região de mata do Complexo da Penha durante toda a madrugada. O número atualizado de mortos não consta no saldo oficial do governo do Rio de Janeiro, que disse na terça (28) que a operação havia sido finalizada com 64 mortos.

Fonte: CNN Brasil

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