O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) formou uma comissão para vistoriar e avaliar a atual situação do Hospital Cirurgia. A medida tem por base relatório elaborado pela Energisa que aponta irregularidades na subestação consumidora que atende a unidade hospitalar.
O relatório aponta que o sistema elétrico é crítico e oferece riscos de acidentes às pessoas, de incêndio devido ao nível de sobrecarga de equipamentos e cabos elétricos, além de possibilidade de pane definitiva de todo o sistema, podendo deixar o hospital sem fornecimento de energia por tempo indeterminado.
Segundo o gerente de Medição e Combate a Perdas da Energisa, Willian Barroso, a situação é preocupante. “A população está vulnerável ao risco de acidente eminente naquele local. A subestação possui problemas como falta de disjuntores de proteção, quadros de distribuição abertos, transformadores instalados em local inadequado e ainda outros problemas técnicos. A situação contraria todas as Normas Técnicas e Normas de Segurança”, alerta.
Willian Barroso destaca ainda que o hospital já havia sido notificado pela Energisa sobre as irregularidades em uma inspeção de rotina realizada em 2014. Em uma nova vistoria ocorrida no dia 25 de outubro do ano passado foi verificado que os problemas permaneciam.
“O hospital agora nos apresentou um projeto para construção de uma nova subestação, mas diante do que aconteceu com a primeira notificação, em que nenhuma providência efetiva foi tomada, notificamos os demais órgãos para que tomassem conhecimento da situação emergencial e para que nos ajudem na resolução desse problema”, ressaltou o gerente de Medição e Combate a Perdas da Energis .
O diretor do Hospital Cirurgia, Gilberto dos Santos, explicou que as irregularidades apontadas em 2014 não foram solucionadas por falta de recursos financeiros, mas que agora aguarda a aprovação do projeto pela Energisa para iniciar a construção da nova subestação.
“Assim que o projeto for liberado, daremos início à execução do projeto, o que deverá durar cerca de 30 dias, levando em consideração execução da obra e a compra de materiais. Durante a transferência da atual subestação para a que será construída, utilizaremos geradores. Este trabalho deverá durar apenas um dia, sem nenhum prejuízo ao funcionamento do hospital”, destacou.
Fonte: Ascom Crea
