Dezenas de pessoas compareceram na manhã desta sexta-feira (16), à Feira da Agricultura Familiar, realizada no estacionamento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Criada em 2011 pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seidh), a feira comercializa produtos variados como frutas, verduras, legumes convencionais e sem agrotóxicos, derivados do leite, mel e mangaba, além de doces artesanais, dentre outros.
Quem fez questão de comparecer à feira foi a dona de casa Lígia Couto. Moradora do bairro Ponto Novo, ela conta que viu o anúncio no telejornal e decidiu comparecer bem cedinho ao estacionamento da Semarh, que fica no Inácio Barbosa. “Dou muito valor a alimentos orgânicos. Quando vi no telejornal pela manhã bem cedo, não pensei duas vezes e vim correndo para cá. Tenho uma filha de nove anos e estou comprando essas hortaliças por ela”, justifica.
João Amâncio de Oliveira mora no bairro Santa Maria e também soube da feira por meio dos telejornais. Ele também é adepto da alimentação saudável e enalteceu a iniciativa do governo. “Eu fico feliz quando vejo uma feira vendendo produtos naturais, sem agrotóxicos ou conservantes. Comprei quase de tudo. Lá em casa eu tento comprar esse tipo de produto porque faz bem à saúde. Assim que soube da feira, vim correndo. Não é fácil encontrar”, disse ele.
Outra consumidora que marcou presença foi Dilma Pereira. Ela, que já é cliente antiga, não esconde a satisfação de poder adquirir seu suco de laranja sem açúcar e sem produtos químicos. “É com muito orgulho que venho fazer minhas compras aqui. A dona da barraca que faz meus sucos, Acácia dos Santos, já me conhece de longa data e a recepção dela é muito boa. Além de suco, comprei hortaliças também. O projeto é válido e deveria acontecer toda semana”, sugeriu.
Sem atravessador
Além de criar espaços de comercialização para os pequenos produtores, as feiras eliminam os atravessadores e permitem que o lucro da venda dos produtos fique, integralmente, com o agricultor familiar, como explica a assessora executiva da Superintendência de Qualidade Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental da Semarh, Claudiovânia dos Santos. “Aqui na Semarh participam 10 feirantes. Vendem produtos orgânicos, sem agrotóxicos. Essa feira é do agricultor familiar, sem interferência do atravessador. Toda a renda fica integralmente com os agricultores. Eles plantam, colhem e lucram. São produtos naturais que vêm do campo diretamente para a mesa do consumidor”.
A feirante Maria Vanda, de 41 anos, participa da feira desde 2012 e vende amendoim, tomate, cenoura, couve e uma variedade de produtos. Ela planta numa pequena propriedade no município de Capela e a parceria com o governo ajuda a escoar toda a produção. “Aqui é uma beleza. Antigamente, a gente não tinha como vender o que plantava e os nossos produtos paravam nas mãos dos atravessadores, que nos pagavam uma mixaria. Hoje o lucro das vendas é nosso e a clientela é fiel”, conta.
Divulgação
Como a feira só acontece na Semarh na terceira sexta-feira de cada mês, é preciso fazer uma divulgação prévia nos meios de comunicação para que os consumidores fiquem sabendo.
“Além disso, fazemos a entrega de folders nas residências dos bairros adjacentes para que a pessoas conheçam e passem a frequentar a feira. Aqui é mais um espaço para que os moradores da região adquiram os produtos orgânicos e ajudem esses agricultores, que não têm como escoar sua produção”.
Claudiovânia revela ainda que a data da feira foi modificada. “Antes, era na última sexta-feira de cada mês, agora, na terceira sexta-feira de cada mês. A data também coincide com o período em que o governo faz o pagamento dos servidores e isso impulsiona os compradores”.
Sendo mais uma opção de compra para a comunidade adquirir frutas, verduras sem agrotóxicos e comercializados diretamente com o produtor, a feira é aberta ao público e acontece também, em datas diferenciadas, no estacionamento da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e na Seidh.
Parceiros
São realizadores do projeto a Seidh, Semarh, Seed, MDA, Prefeituras Municipais, Central de Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Sergipe (Centrafes) e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.
Fique atento às novas datas:
Setembro – 16
Outubro – 21
Novembro – 18
Dezembro – 16
