ARACAJU/SE, 28 de outubro de 2024 , 18:20:01

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Fumaça de escombros do Makro prejudica moradores da área

Da redação, AJN1

 

Três dias após o incêndio que destruiu a loja do Makro, em Aracaju, ainda é grande a quantidade de fumaça que sai dos escombros do galpão, situação que vem prejudicando as pessoas que residem em casas e apartamentos e comerciantes instalados nas cercanias do local. Motoristas que trafegam pela avenida Tancredo Neves, no trecho do bairro Ponto Novo, também enfrentam problemas com a visibilidade na pista.

 

Em virtude do problema, na manhã de hoje (13), a promotora de Justiça Euza Missano esteve na área, juntamente com o comandante do Corpo de Bombeiros, Eduardo Carlos, na tentativa de se encontrar uma alternativa para que a situação seja resolvida com rapidez. A promotora ressaltou que a preocupação é com os moradores da cercanias do galpão.

 

"Estivemos no local e encontramos um representante da empresa. O Corpo de Bombeiros precisa concluir a perícia e o trabalho é lento, pois os escombros colocam em risco o serviço dos oficiais. Solicitamos ao representante da empresa que, guiado pela perícia, possam ser retiradas as vigas para facilitar o trabalho de rescaldo. Além disso, pedimos para ser colocada segurança para impedir que curiosos tenham acesso a área", disse Euza Missano.

 

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Eduardo Carlos, o trabalho é demorado em virtude da grande quantidade de ferros retorcidos e do risco de desabamento no galpão. "O Ministério Público veio reforçar o clamor da população no sentido de buscar uma solução para o problema da fumaça. O trabalho é demorado, mas temos que executá-lo com segurança. Hoje uma das vigas desabou. O ambiente ainda está muito quente, pois não conseguimos ter acesso a área que fica embaixo da cobertura", explicou o oficial.

 

Eduardo Carlos disse ainda que ontem (12) o Makro iniciou a retirada de parte dos entulhos e a expectativa é que o trabalho de rescaldo avance para extinguir os focos residuais de fogo.  "Estamos trabalhando com todo efetivo do quartel central em regime de revezamento. Hoje temos 24 homens aqui. Esperamos concluir a perícia no local em 48 horas e a partir daí produzir uma linha de ação", destacou o comandante do Corpo de Bombeiros, que pediu paciência aos moradores da área.

 

Fumaça

 

Um dos condomínios mais atingidos com a fumaça que sai do escombros é o Eucaliptus. Por conta da fumaça, alguns moradores já foram hospitalizados e outros estão sendo obrigados a deixar os imóveis e ir buscar abrigo na casa de familiares. "Tenho problemas respiratórios e está inviável ficar em casa por causa da fumaça. O pior é que nenhuma providência para resolver o problema está sendo adotada. Pelo visto vamos ter que esperar que o fogo destrua o que ainda existe na loja para voltarmos a ter paz", lamentou Francisco Carlos.

 

Situação parecida enfrenta a dona de casa de casa Maria Aparecida, que reside na Jabotiana. Ela contou que está praticamente impossível permanecer no apartamento em virtude do odor forte de queimado. "Fica uma nuvem de fumaça e o cheiro é muito forte. Estamos com dor de cabeça, ardência nos olhos e dificuldade até de respirar". Em virtude dos focos de incêndio que ainda existem sob os escombros do que restou na loja atacadista, equipes do Corpo de Bombeiros tem feito o rescaldo na área para impedir que o fogo volte a se alastrar pelo galpão.

 

"Ligamos para o Corpo de Bombeiros, mas a informação é que não existe mais risco do incêndio voltar. Apesar de onde haver fumaça, sempre existe fogo, não é essa nossa preocupação. Nosso temor é pelo dano a saúde que pode ser provocado pela fumaça, mas os Bombeiros dizem que não podem fazer nada", explicou um morador.

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