O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Sergipe (MPSE), com o apoio do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, deflagrou na manhã de hoje (19) a “Operação Hígia”, que teve como foco o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas residências de dois ex-secretários municipais de Aquidabã e de um empresário ligado à empresa Construnews. A ação aconteceu em Aquidabã e em Aracaju.
A “Operação Hígia” é um desmembramento da “Operação Antidesmonte”, deflagrada pelo MPSE e pelo Tribunal de Contas Estado (TCE) no final de 2016. Levantamentos realizados apontam para fraudes em licitação, que podem ter resultado em um prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$ 3 milhões.
As investigações realizadas no âmbito da Antidesmonte revelaram manobras de alguns dos investigados, atualmente réus em processo criminal já ajuizado na Comarca de Aquidabã, para burlar a ordem de pagamento dos credores do município, bem como para dificultar a fiscalização do período de transição de governo, após das eleições de 2016, pelas equipes de inspeção do Ministério Público e do TCE.
As buscas foram realizadas nas residências de dois ex-Secretários Municipais de Aquidabã e na residência do proprietário da empresa Construnews. Além disso, foi decretada a indisponibilidade dos bens de seis pessoas investigadas, dentre elas o ex-prefeito, ex-secretários e o ex-procurador do município de Aquidabã.
O nome da operação, Hígia (figura da mitologia grega ligada a saúde, limpeza e sanidade), deve-se ao tipo de serviço contratado de forma fraudulenta, coleta de lixo e limpeza urbana. Apurou-se em sede investigativa que, apesar de ter sido paga a vultosa quantia de aproximadamente R$ 3 milhões à empresa Construnews, os serviços contratados também eram executados por servidores públicos municipais e com veículos da própria prefeitura.
*Com informações da Ascom MPSE