Da redação, AJN1
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Sergipe (MPSE), juntamente com equipes das polícias Civil e Militar, deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a operação Placebo, que é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Crimes contra a Ordem Tributária (Gaesf) do Ministério Público de Alagoas, e visa desarticular um grupo criminoso que vinha atuando corrupção de agentes públicos, lavagem de bens e falsificação de documentos. A ação acontece simultaneamente em Sergipe Alagoas e Bahia e tem como foco desarticular um grupo criminoso que até junho lesou os cofres públicos dos três estados em cerca de R$ 197 milhões. Até o momento oito pessoas foram presas, quatro delas em Sergipe.
De acordo com informações do MPSE, foi montada uma Força Tarefa envolvendo o MP e as polícias dos três estados como forma de cumprir dez mandados de prisão e 18 de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal de Alagoas, relacionados a suspeitos de integrar uma organização criminosa que vinha atuando na corrupção de agentes públicos, lavagem de bens, falsificação de documentos, dentre outros ilícitos penas.
Em Sergipe, a operação foi acompanhada pelo coordenador do Gaesf, promotor de justiça Cyro Blatter. Segundo a Assessoria de Comunicação do MP de Alagoas, foram presos os empresários Antônio Monteiro dos Santos, Arnaldo Monteiro dos Santos, Vanessa Veras Ribeiro e Jenisson Paulino da Silva Ribeiro. Em Alagas, foram detidos o auditor-fiscal Carlos Antônio Nobre e Silva; e Márcio André de Lira e Erasmo Alves da Silva Filho – que atuavam como testa-de-ferro; e o contador Benedito Alves dos Santos Júnior. Duas empresária de Feira de Santana (BA), identificadas como sendo Maria Edenilce Monteiro dos Santos e a filha Sílvia Santos Borges se encontram foragidas.
Investigação
Os levantamentos realizados pelo Gaesf, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícia Civil de Alagoas apontaram que fazem parte do esquema montado para sonegação de impostos um auditor-fiscal de Alagoas, quatro empresários do ramo de distribuição de medicamentos e dois contadores. Além de duas pessoas que atuavam como “laranjas” e outras quatro que agiam como testas-de-ferro do grupo.
Com o avanço das investigações do Gaesf do MP de Alagoas, que começaram há seis meses, se descobriu que o esquema de sonegação fiscal também atingia os estados de Sergipe e Bahia. Até junho, segundo o Gaesf, o prejuízo provocado pelo organização criminosos chegue a R$ 197 milhões, entre tributos sonegados, multas, juros e correção monetária que deixaram de ser recolhidos.
Além do Gaeco, participam em Sergipe da operação Placebo as equipes do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb), Comando de Operações Especiais (COE) e outras unidades das polícias Civil e Militar. O nome Placebo foi escolhido para operação por ser uma referência a toda e qualquer substância sem efeito ou propriedades terapêuticas.
*Com informações da Ascom MPSE e MPAL.
*Matéria atualizada às 8h10 para acréscimo de informações