Ainda não foi dessa vez que Lewis Hamilton chegou à 91.ª vitória na Fórmula 1 e se igualou ao recordista Michael Schumacher. Neste domingo, o hexacampeão mundial foi punido por uma infração cometida antes da corrida, terminou em terceiro e viu o companheiro de Mercedes, o finlandês Valtteri Bottas, se aproveitar da penalidade para vencer o GP da Rússia, no circuito de Sochi. O segundo lugar ficou com o holandês Max Verstappen, da Red Bull.
Foi a nona vitória de Bottas em sua carreira na Fórmula 1 e a segunda da temporada. O finlandês é o único piloto, além de Hamilton, que venceu mais de uma corrida em 2020. O triunfo na Rússia o manteve na vice-liderança do Mundial de Pilotos, agora com 161 pontos, mais perto do seu companheiro de Mercedes, que lidera com 205. Verstappen é o terceiro, com 128.
Saindo do terceiro posto, Bottas largou bem e contou com o erro de Verstappen para assumir o segundo lugar logo na largada. Depois, foi beneficiado pela punição a Hamilton, e assumiu a ponta para não sair mais. O finlandês fez uma corrida segura e não foi ameaçado na liderança. Ao cruzar a linha de chegada em primeiro, fez um desabafo no rádio e extravasou, dizendo que o triunfo era uma resposta a quem o criticava.
O momento determinante para o resultado aconteceu antes mesmo do início da corrida. Hamilton praticou duas largadas em local não apropriado antes da prova e levou uma sanção de 10 segundos. Com o tempo perdido, o britânico perdeu a liderança que havia sido mantida nas primeiras voltas. Logo subiu para terceiro, mas não conseguiu recuperar a ponta.
Hamilton vai levar um ponto pelo incidente na “carteira” dele. Assim, o hexacampeão mundial fica com 10, a dois do limite para ser suspenso por uma etapa. Ele vai ter a chance de igualar o recorde de Schumacher na próxima etapa, justamente na Alemanha, país do lendário piloto da Ferrari.
Logo atrás do trio que mais vezes subiu no pódio em 2020 veio o mexicano Sergio Pérez, da Racing Point, que conquistou o seu melhor resultado na temporada. Ele foi seguido pelo australiano Daniel Ricciardo, da Renault, em quinto, e pelo monegasco Charles Leclerc, que conseguiu colocar a Ferrari no sexto posto, uma posição mais digna do que a das últimas etapas.
O francês Esteban Ocon, da Renault, finalizou no sétimo lugar, à frente dos dois carros da AlphaTauri, com o russo Daniil Kvyat à frente do francês Pierre Gasly. O tailandês Alexander Albon, da Red Bull, completou o Top 10 e somou um ponto.
A largada foi marcada por acidentes de Carlos Sainz e Lance Stroll, que abandonaram a prova. O espanhol da McLaren errou e acabou batendo a dianteira no muro, destruindo o seu carro. Já o canadense da Racing Point rodou e bateu após ser tocado por Leclerc e também saiu de cena logo no começo. Ele ficou revoltado que o monegasco da Ferrari não sofreu uma penalidade.
A Fórmula 1 dá uma pausa e retorna daqui a duas semanas para o GP de Eifel, no circuito de Nurburgring, na Alemanha. Será a 11 ª etapa da temporada de 2020 da Fórmula 1.
Confira a classificação do GP da Rússia:
1.° – Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) – em 1h34min00s364, após 53 voltas
2.º – Max Verstappen (HOL/Red Bull) – a 7s729
3.º – Lewis Hamilton (ING/Mercedes) – a 22s729
4.º – Sergio Perez (MEX/Racing Point) – a 30s558
5.º – Daniel Ricciardo (AUS/Renault) – a 52s065
6.º – Charles Leclerc (ALE/Ferrari) – 1min02s186
7.º – Esteban Ocon (FRA/Renault) – 1min08s006
8.º – Daniil Kvyat (RUS/AlphaTauri) – a 1min08s740
9.º – Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri) – 1min29s766
10.º – Alexander Albon (TAI/Red Bull) – a 1min29s860
11.º – Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) – a 1 volta
12.º – Kevin Magnussen (DIN/Haas) – a 1 volta
13.º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) – a 1 volta
14.º – Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) – a 1 volta
15.º – Lando Norris (ING/McLaren) – a 1 volta
16.º – Nicholas Latifi (CAN/Williams) – a 1 volta
17.º – Romain Grosjean (FRA/Haas) – a 1 volta
18.º – George Russel (ING/Williams) – a 1 volta
Abandonaram a prova:
Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren)
Lance Stroll (CAN/Racing Point)
Fonte: Estadão