ARACAJU/SE, 27 de outubro de 2024 , 16:33:37

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Greve dos bancários completa 29 dias sem previsão de negociação

Da redação, AJN1

 

A greve nacional dos bancários completa quatro semanas (29 dias) nesta terça-feira (4), sem previsão de negociação. Em Sergipe, 200 agências bancárias aderiram ao movimento e permanecem fechadas, mantendo apenas 30% do efetivo em atividade interna, isto é, sem atendimento ao público. A categoria pede um reajuste de 14,78%, incluindo a reposição da inflação mais 5% de ganho real.

 

A última proposta de negociação apresentada ao Comando Nacional dos Bancários, no dia 28 de setembro, e que foi recusada pela categoria, foi um reajuste de 7% nos salários e demais benefícios, mais abono de R$ 3,5 mil, além de 0,5% de aumento real para 2017.

 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb), Ivânia Pereira, a proposta dos banqueiros não condiz com o que prevê a convenção coletiva. “Nós perdemos durante um ano 9,74% no poder de compra. Isso diz respeito as perdas que toda classe trabalhadora teve. Na hora de reajustar o salário, não pode ser menor. Não aceitamos reajuste abaixo da inflação e queremos um índice acima, o que chamamos de ganho real", explicou.

 

Ato

O Seeb fechou na manhã desta terça-feira o Centro de Processamento de Dados (CPD) do Banese, no Distrito Industrial de Aracaju (DIA). Segundo Ivânia, assim como os bancos federais e privados, os bancos estaduais, no caso Banese, também participam da mesa com a Fenaban. "Os dirigentes do Banese precisam ajudar a pôr fim nessa greve, pressionando a Fenaban e não os funcionários”, defende Ivânia Pereira.

 

Revolta

 

Os correntistas não estão curtindo munto a greve. Nas ruas, a revolta emana de todo cidadão que precisa utilizar os serviços e dão com a testa nas portas giratórias adesivadas em letras garrafais informando: BANCÁRIOS EM GREVE.

 

“Não concordo que apenas uma categoria prejudique milhares de pessoas em todo o país. Não é justo que os brasileiros fiquem refém disso. Já virou mania, todo ano eles fazem greve e nunca estão conformados”, disse revoltado o correntista da Caixa Econômica, Maurício Santana, que foi à agência na cidade de Itabaiana, em vão, tentar depositar um cheque para pagar as contas. “Os juros eles não vão pagar.”

 

Outro cidadão acabrunhado com o movimento é José Pereira. Ele acredita que a greve já passou dos limites. “Sinceramente, a categoria está brincando com o povo. Nunca vi um egoísmo tão grande. O governo deveria demitir ou punir que prolongar mais de 15 dias de greve. A coisa está sem controle. Preciso sacar um valor elevado, mas nem dinheiro no caixa eletrônico tem. Isso é falta de respeito com o povo”.  

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