A incorporadora Moura Dubeux (MDNE3) teve 1 bilhão de reais em vendas no terceiro trimestre deste ano, conforme prévia operacional divulgada nesta segunda-feira (7), um recorde para a companhia que atua no Nordeste. A MD possui operações no Sergipe, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O volume de vendas e adesões líquidas de julho a setembro foi 146% maior do que o apurado no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até setembro, as vendas somaram 1,87 bilhão de reais, alta de 72% ano a ano.
O salto no volume consolidado, segundo o presidente-executivo da empresa, Diego Villar, se justifica devido a um lançamento “premium” na região de Salvador, que respondeu por cerca de 70% das adesões no período.
Em lançamentos, a incorporadora de alto padrão mais que triplicou seu valor geral de vendas (VGV) para 1,1 bilhão de reais, contra 320 milhões de reais no terceiro trimestre do ano passado. A companhia lançou quatro empreendimentos de julho a setembro, contra três no mesmo período de 2023.
Para o executivo, a combinação de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, baixo desemprego, geração de renda e uma política monetária indicando intolerância com a inflação apoiou a demanda.
Mas, em um mercado sensível ao movimento dos juros, Villar afirmou que acompanha a recente alta da Selic “com cautela”.
“Entre a opção de você viver num ambiente de inflação ou num ambiente de curto prazo de controle de inflação através da elevação da taxa de juros, nós preferimos isso, e a gente entende isso como necessário”, disse ele à Reuters.
Nos primeiros nove meses deste ano, a incorporadora somou um valor lançado de 2,08 bilhões de reais, 79% acima do apurado no mesmo período do ano anterior, e próximo dos 2,2 bilhões para o ano esperados pelo executivo em abril deste ano.
“Deverá superar um pouco, nada significativo. Ou seja, não vai ser 20% maior do que esse número. Dez por cento tem chance grande de ser”, afirmou Villar sobre a expectativa para o VGV lançado, reforçando que a companhia não dá “guidance” e que seu foco está em rentabilidade, não tamanho.
Fonte: Infomoney