ARACAJU/SE, 1 de outubro de 2024 , 23:37:05

logoajn1

Inovação na Folia: como a Inteligência Artificial garante um Carnaval mais seguro

 

O crescimento do mercado de segurança eletrônica brasileiro ampliou projetos de segurança pública baseados em tecnologias como o Reconhecimento Facial e a Inteligência Artificial (IA). A popularização desses recursos pode ser sentida com o aumento das cidades que estão utilizando a inovação durante esse Carnaval. De acordo com dados exclusivos da Associação Brasileira de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), que serão lançados na próxima pesquisa sobre o setor de segurança eletrônica, os dispositivos IA já superam os equipamentos sem Inteligência Artificial e devem mostrar os benefícios para a segurança pública durante a folia.

“Os primeiros dados da Pesquisa Panorama sobre o mercado de segurança eletrônica mostram que 54% dos produtos fabricados pela indústria já possuem Inteligência Artificial e no nosso levantamento sobre o carnaval de rua, percebemos que as festas de Belo Horizonte, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, entre outros estados, já anunciaram a utilização da tecnologia IA, de reconhecimento facial e câmeras corporais. Essa é uma boa notícia para os foliões que poderão aproveitar a festa com muito mais segurança”, destaca a Presidente da Abese, Selma Migliori.

Um dos carnavais mais famosos do Brasil, o governo da Bahia adquiriu 1.100 câmeras corporais para instalação nas fardas dos agentes policiais. Já em Recife, as bodycams também estarão presentes desde o primeiro dia, no patrulhamento que acompanhará o Galo da Madrugada, tradicional bloco que abre a folia na cidade, assim como os dispositivos com Reconhecimento Facial que estarão atuantes para a capturar foragidos da Justiça e pessoas que têm mandados de prisão em aberto. Em Belo Horizonte, 4,5 mil câmeras estão prontas para fazer a segurança dos 5,5 milhões de foliões esperados.

E a privacidade dos foliões?

A presidente da Abese, Selma Migliori, lembra que o reconhecimento facial foi bastante criticado por conta da questão da privacidade. A especialista afirma que o Brasil não é o único país a debater os limites da tecnologia e garante que há responsabilização pelo mau uso destas informações. Contudo, no que se aplica à segurança pública, a legislação oferece prerrogativas para que os Estados possam adotar essa tecnologia tendo em vista o bem coletivo.

“A Abese acredita que o avanço tecnológico é um caminho sem volta, mas todo novo recurso precisa de amadurecimento e regulamentação. O importante é perceber que o reconhecimento facial tem avançado na direção de resultados muito expressivos e, no geral, traz muito mais benefícios do que contratempos. O mesmo acontece com as câmeras corporais, entendemos que a tecnologia quando bem aplicada, vem para ampliar o leque de recursos para combater infrações não apenas no carnaval, mas em diversos outros eventos”, explica Migliori.

 

Você pode querer ler também