Da redação, AJN1
O inquérito que apura supostas irregularidades nos contratos da coleta de lixo em Aracaju deve ser concluído e remetido à justiça no próximo dia 18. A informação foi passada na tarde de ontem (10), pelo delegado Gabriel Nogueira Júnior, que preside as investigações. O resultado da apuração deverá ser apresentado durante entrevista coletiva à imprensa. As investigações realizadas pelo Departamento de crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) resultaram até o momento na deflagração de duas fases da Operação Babel.
Na primeira fase houve cumprimento de mandados de busca e apreensão nas sedes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e na empresa Torre. Na segunda fase da operação, o proprietário da Torre, José Antônio Torres Neto, foi preso preventivamente, sob acusação de fraude processual (majorada). Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o empresário teria entregue, no cumprimento de mandados de busca e apreensão aparelhos celulares diferente dos que foram solicitados na ordem judicial.
Em entrevista coletiva à imprensa, o delegado geral da Polícia Civil, Alessandro Vieira ressaltou, que no momento da prisão do empresário na capital baiana, ele tentou se livrar de um aparelho celular. “Durante o cumprimento do mandado de prisão, novamente José Antônio tentou ocultar evidências, jogando o aparelho no lixeiro do local onde foi preso”, disse o delegado. José Antônio se encontra recolhido na 8ª Delegacia Metropolitana (DM). A defesa do acusado já entrou com pedido de habeas corpus que ainda está sendo analisado pela Câmara Criminal.
Paralelo a prisão do empresário, a justiça acatou o pedido do Ministério Público e determinou os afastamentos do presidente da Emsurb, José de Araújo Mendonça Sobrinho, do assessor de planejamento Márcio Zylberman, presidente da Comissão de Licitação, Sylvia Emília Cardoso B. M. de Calazans, da procuradora chefe da Emsurb, Rosenice Figueiredo Machado, do gerente operacional da Emsurb, José Roberto Gomes do Carmo, e do diretor de Limpeza Urbana, José Reinaldo de Souza. No inquérito que está em andamento no Deotap eles são investigados por fraude em processos licitatórios, estelionato majorado e associação criminosa.