A discussão sobre as perspectivas da alfabetização na rede pública de ensino sergipana para 2025 marcou a abertura do novo ciclo de reuniões do grupo de Pacto pela Educação. O primeiro encontro do ano, que ocorreu nesta terça-feira (11) no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), foi conduzido pelo procurador do Ministério Público de Contas (MPC/SE), João Augusto Bandeira de Mello, e contou com a participação da presidente da Corte, conselheira Susana Azevedo, coordenadores do grupo de trabalho.
“A educação é um tema que deve ser debatido constantemente para que consigamos obter bons resultados. A alfabetização sergipana ainda é um grande desafio e nós, enquanto instituição que enseja as boas políticas públicas, precisamos estar atentos ao uso dos recursos destinados a essa área. Por isso, iniciamos o ano trazendo o assunto e procurando soluções efetivas para os problemas existentes”, afirma Susana.
Na ocasião, a professora Joniely Cruz apresentou os resultados do Índice de Fluência Leitora da rede pública de ensino de Sergipe e destacou os critérios para que um estudante seja considerado fluente.
“Considera-se um estudante fluente em leitura quando ele demonstra competências que vão além do reconhecimento básico de palavra. Para um aluno do 2º ano do ensino fundamental, a fluência leitora é avaliada com base em três aspectos principais: precisão na leitura, velocidade, expressividade e compreensão”, afirmou durante sua apresentação.
O professor Josué Modesto Subrinho, ex-reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), apresentou para o grupo a arrecadação das parcelas do Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) e Valor Aluno Ano Total (VAAT), do Fundo Nacional da Educação Básica (FUNDEB), nos municípios e no Estado.
Em sua fala, ele destacou que dos 75 municípios sergipanos, 24 ainda não estão habilitados para receber o VAAR, enquanto os outros 51 estão habilitados e já foram contemplados.
Ao final, o grupo debateu a construção do Plano de Ação do Pacto pela Educação Sergipana para o biênio de 2025/2026.
“Estamos terminando esse planejamento para formalizar um diagnóstico, mandar questionários para os municípios e vamos precisar da adesão de todos. […] ter esse diagnóstico exatamente para que possamos trabalhar entendendo onde estão os maiores gargalos, os maiores problemas, aquilo que tem impactado a educação para podermos trabalhar neles. E, dentre eles, acho que a alfabetização é o maior deles, a educação infantil com alfabetização”, afirmou o coordenador da ação, João Augusto Bandeira.
Mensalmente, os integrantes do Pacto pela Educação reúnem-se na Corte de Contas para discutir soluções para as problemáticas da educação sergipana. O grupo é composto por membros do TCE, do MPC, da UFS, do Fórum Estadual da Educação, da Secretaria Municipal de Educação de Aracaju, do CAC’S FUNDEB, da Secretaria de Educação de Nossa Senhora do Socorro, da UNCME Nacional, do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe, dentre outros órgãos públicos.
Fonte: Ascom TCE-SE
Foto: Marcelle Cristinne