A intervenção do Banco Central em instituições do conglomercado do Master é a maior já registrada na história do sistema financeiro nacional. O Banco Master SA, que é o lider do conglomerado, teve decretada a liquidação extrajudicial, enquanto o Master Múltiplo foi colocado em regime de administração especial temporária (Raet).
Ainda não está claro o que acontecerá com o Banco Master de Investimentos (BMI) e o Will Bank, que em tese não são abarcados imediatamente pelas ações do BC.
O Master ainda não divulgou seus resultados do primeiro semestre. Segundo o sistema IFData, do BC, em março o conglomerado tinha R$ 86,396 bilhões em ativos, R$ 83,182 bilhões em passivos e um patrimônio líquido de R$ 3,214 bilhões.
Dados do sistema IFData, do Banco Central, mostram que o Master tinha R$ 62,2 bilhões em depósitos elegíveis à cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em março. Como a garantia do FGC se limita a R$ 250 mil por CPF/CNPJ, o volume que o fundo de fato pode ser obrigado a desembolsar deve ser menor.
Quando o acordo com o BRB foi anunciado, falava-se em cerca de R$ 50 bilhões – a operação foi rejeitada pelo Banco Central.
Em 30 anos de existência, o FGC honrou os depósitos de 40 instituições que quebraram. Em valores históricos, sem corrigir pela inflação, o maior desembolso foi para honrar os depósitos do Bamerindus, que custou ao fundo R$ 3,7 bilhões em 1997 – cerca de R$ 19,6 bilhões atualmente.
Fonte: Valor




