Tanques israelenses assumiram o controle da passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, depois de avançarem durante a noite enquanto seus aviões atacavam residências. As informações são da Bloomberg.
A incursão ocorre depois de Israel ter dito que continuaria a sua operação militar em Rafah mesmo depois de o Hamas ter dito que aceitou uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por mediadores do Qatar e do Egito.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a proposta estava longe das exigências de Israel, mas que enviaria uma delegação ao Cairo para novas conversas.
Agências da ONU e grupos de ajuda humanitária alertam sobre as consequências de qualquer ataque militar israelense a Rafah depois que dezenas de milhares de palestinos receberam ordem de evacuação antes dos ataques. Mais de um milhão de palestinos deslocados vivem em Rafah.
Desde o início do conflito em Gaza, em 7 de outubro, aos menos 34.789 pessoas foram mortas e 78.204 ficaram feridas. O número de mortos em Israel devido aos ataques do Hamas é de 1.139, com dezenas de pessoas ainda mantidas em cativeiro.
Israel ordena ‘saída imediata’ de milhares de palestinos de Rafah
Instruídas por mensagens de texto em árabe, telefonemas e panfletos, algumas famílias palestinas já começaram a se deslocar para o que Israel chamou de “zona humanitária expandida”.
Pouco depois do meio-dia em Gaza, várias explosões foram ouvidas ao leste de Rafah, disseram moradores e meios de comunicação do Hamas.
Um alto funcionário do Hamas disse que a ordem de evacuação era uma “escalada perigosa” que teria consequências.
“A administração dos EUA, juntamente com a ocupação israelense, são responsáveis por este terrorismo”, disse Sami Abu Zuhri, à Reuters, referindo-se à aliança de Israel com Washington.
Israel descreveu Rafah como “o último reduto significativo do Hamas” após sete meses de guerra, e os seus líderes disseram repetidamente que precisam realizar essa invasão terrestre para derrotar o grupo islâmico.
Fonte: Exame