ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 20:10:49

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Israel ataca região de maioria cristã no norte do Líbano pela primeira vez e deixa 18 mortos

 

Israel bombardeou a região de Aitou, um reduto de maioria cristã no norte do Líbano, nesta segunda-feira (14). Foi a primeira vez que as Forças Armadas israelenses alvejaram a região desde o início da guerra. Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 18 pessoas foram mortas no ataque e quatro ficaram feridas.

O ataque atingiu uma casa que havia sido alugada para famílias desalojadas, disse o prefeito de Aitou, Joseph Trad, à agência de notícias Reuters.

Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel anunciaram, também nesta segunda, que mataram mais um comandante do Hezbollah: Muhammad Kamel Naeem, da Unidade de Mísseis Antitanque das Forças Radwan do Hezbollah.

“Muhammad Kamel Naeem foi responsável por planejar e executar vários ataques terroristas, incluindo ataques de mísseis antitanque contra civis israelenses”, afirma mensagem.

Nas últimas horas, o grupo extremista libanês fez vários lançamentos de mísseis contra o território israelense. No entanto, segundo o comunicado, alguns foram interceptados e os outros caíram em áreas abertas, sem deixar feridos:

“O Hezbollah disparou vários foguetes no centro e norte de Israel. Alguns dos foguetes foram interceptados e o restante caiu em áreas abertas. Nenhum ferimento foi relatado. A IAF rapidamente atingiu os lançadores do Hezbollah usados ​​para disparar os foguetes do sul do Líbano”.

No Telegram, o Hezbollah divulgou imagens dos estragos causados pela queda de um desses mísseis na cidade de Karmiel, na região norte do país.

Por volta das 9h, horário de Brasília, o Hezbollah também anunciou “confrontos violentos” com as tropas israelenses na cidade de Aita al-Shaab, “utilizando vários tipos de armas, incluindo metralhadoras, foguetes e projéteis de artilharia”.

Ataque com maior número de vítimas israelenses até agora

Quatro soldados israelenses morreram e mais de 60 pessoas ficaram feridas neste domingo (13) no norte de Israel, onde o grupo extremista Hezbollah reivindicou a autoria de um bombardeio com drones, indicou um serviço de resgate israelense.

De acordo com o grupo, a ação foi uma resposta aos ataques israelenses realizados na última quinta-feira (10) no sul do Líbano e em Beirute.

Em comunicado, o gabinete do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, revelou que ele conversou com o ministro da Defesa americano Lloyd Austin durante a madrugada desta segunda, “destacou a seriedade do ataque e a resposta forte que será dada ao Hezbollah” e informou que Israel responderá de maneira veemente ao ataque.

Esse foi o segundo ataque com drone na região em dois dias. No sábado, um drone atingiu um subúrbio de Tel Aviv, causando danos, mas sem deixar feridos.

O ataque deste domingo também coincidiu com o anúncio dos Estados Unidos sobre o envio de um novo sistema de defesa aérea para reforçar a proteção de Israel contra mísseis, o THAAD, altamente eficaz contra ameaças de curto e médio alcance. Embora seja utilizado para a defesa terrestre, o sistema também pode atingir alvos fora da atmosfera.

Tensão após soldados da ONU serem feridos

Todas essas operações acontecem em meio a altas tensões entre Israel e a força de paz da ONU, UNIFIL, no sul do Líbano.

A ONU disse que tanques israelenses invadiram sua base no domingo, nas últimas alegações de violações israelenses contra forças de paz, que foram condenadas pelo Hezbollah e pelos aliados de Israel.

Israel contestou o relato da ONU e Netanyahu pediu que as forças de paz se retirassem, dizendo que elas estavam fornecendo “escudos humanos” para o Hezbollah durante uma intensificação das hostilidades.

Nesta segunda, o ministro israelense de Energia, Eli Cohen, repetiu um apelo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que as tropas da ONU saiam do país.

Fonte: G1

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