O ministro das Relações Exteriores de Israel disse nesta quarta-feira, 2, que estava barrando o secretário-geral da ONU, António Guterres, de entrar no país por não ter “condenado inequivocamente” o ataque maciço de mísseis do Irã contra Israel.
Na terça-feira, 1º, o Irã lançou dezenas de mísseis balísticos contra Israel em retaliação contra a campanha israelense com os seus aliados do Hezbollah no Líbano.
Sirenes soaram ao longo de Israel e explosões puderam ser ouvidas em Jerusalém e no vale do rio Jordão, após israelenses se abrigarem em refúgios antiaéreos. Repórteres na televisão estatal se jogaram no chão durante transmissões ao vivo.
A rádio do Exército israelense disse que quase 200 mísseis foram lançados contra Israel a partir do Irã. A Guarda Revolucionária do Irã disse que o Irã havia lançado dezenas de mísseis contra Israel e que, se Israel retaliasse, a resposta de Teerã seria “mais esmagadora e ruinosa”.
Os militares de Israel tinham anunciado que qualquer ataque de míssil balístico vindo do Irã seria generalizado e orientaram o público a se abrigar em locais seguros em caso de ataque.
Mais tarde, os militares disseram que os israelenses podiam deixar seus abrigos. O porta-voz militar Daniel Hagari disse que os militares não tinham conhecimento de feridos resultantes dos ataques com mísseis iranianos.
Ele descreveu o ataque como sério e disse que ele teria consequências.
Israel reforça presença militar no Líbano
Nesta quarta-feira, as Forças Armadas israelenses disseram que unidades regulares de infantaria e blindados estavam se juntando às suas operações terrestres no Líbano, aumentando a pressão sobre o inimigo Hezbollah, enquanto se prepara para retaliar os ataques de mísseis iranianos.
Israel, que já está lutando contra o Hamas em Gaza, está reforçando sua presença no sul do Líbano no conflito com o Hezbollah, um dia depois de ter sido atacado pelo Irã, aumentando os temores de que o Oriente Médio, produtor de petróleo, possa ser envolvido em um conflito mais amplo.
O acréscimo de tropas de infantaria e blindadas da 36ª Divisão de Israel, incluindo a Brigada Golani, a 188ª Brigada Blindada e a 6ª Brigada de Infantaria, sugere que a operação pode ir além de ataques limitados de comandos.
Os militares disseram que sua incursão tem como objetivo principal destruir túneis e outras infraestruturas na fronteira e que não havia planos para uma operação mais ampla visando Beirute ou as principais cidades do sul do Líbano.
Foram emitidas novas ordens de retirada para cerca de duas dezenas de localidades ao longo da fronteira sul.
Fonte: Terra