Da redação, Joângelo Custódio
O juiz Criminal da Comarca de Lagarto, em Sergipe, Marcel Maia Montalvão, determinou a prisão preventiva do vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan. Ele foi preso na manhã de hoje (1º), enquanto se dirigia ao trabalho, no bairro Itaim Bibi, zona Sul da capital paulista.
A prisão do argentino foi feita pela Polícia Federal (PF), porque a rede social descumpriu ordens judiciais que exigiam a liberação de informações presentes no aplicativo WhatsApp. Em fevereiro de 2014, a rede social criada por Mark Zuckerberg anunciou a compra da empresa que administra o Whatsapp por US$ 19 bilhões.
Os dados, de acordo com Montalvão, seriam usados na produção de provas de investigações ligadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que tramitam em segredo de justiça na comarca do município lagartense.
Diego Dzodan é argentino e mora no Brasil. Ele prestou depoimento na Superintendência da PF em São Paulo, onde permanecerá preso à disposição da Justiça.
Descumprimento
Segundo o juiz Marcel Montalvão, trata-se de um processo com base em tráfico de drogas interestadual. A PF havia solicitado ao juiz a quebra do sigilo de mensagens trocadas no WhatsApp.
No entanto, a empresa não liberou as conversas solicitadas à PF. Sendo assim, o magistrado determinou uma multa diária de R$ 50 mil caso a ordem não fosse cumprida. Mas a multinacional permaneceu inerte.
Com isso, a multa diária foi elevada para R$ 1 milhão, culminando na prisão do responsável pela empresa no Brasil, o senhor Diego Dzodan.
A assessoria de imprensa do Facebook publicou nota sobre o ocorrido e considerou "extrema e desproporcional" a prisão do executivo, que foi escoltado até a delegacia.
"O Facebook sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as autoridades brasileiras possam ter", informa o texto.
Matéria alterada às 17h52 para acréscimo de informação. Com informações do TJ/SE e da Agência Brasil.