Aos 20 anos de atuação como juíza no Tribunal Regional da 20ª Região (TRT20) , Cristiane D’ávila Ribeiro aponta o uso na tecnologia na dinâmica do judiciário, especialmente pós-pandemia, quando determinados atos foram prontamente modificados para dar continuidade à prestação jurisdicional que a sociedade precisava naquele momento. Formada em Direito pela Universidade Tiradentes (Unit) no ano de 2001, e com pós-graduação em Direito Material e Processual do Trabalho pela mesma instituição, a juíza destaca também os desafios no exercício da profissão.
“Com a pandemia aconteceu a realização de atos através da internet. Tudo o que a gente ganhou com a pandemia em termos de tecnologia, que foi uma época que a gente utilizou bastante, a gente implementa isso com o nosso trabalho atual, sempre tirando o melhor proveito do que a tecnologia pode nos oferecer. Então, audiências e reuniões online ainda fazem parte da nossa realidade hoje. Embora já tenha voltado as atividades no tribunal, pois a gente consegue trabalhar presencial, quando uma testemunha está viajando ou o autor da ação está fora do país, a gente tem feito ainda audiências online. E assim, estamos mesclando”, afirma Cristiane D’ávila Ribeiro, juíza titular da 5ª Vara do Trabalho de Aracaju.
Segundo ela, o maior desafio no exercício judicante é a grande quantidade significativa de demandas. “Lidar com um volume de trabalho muito grande é sempre muito desafiador. Você conseguir manter aquela produtividade diante da quantidade de demandas que chegam é o maior desafio da minha profissão, porque você faz 10 sentenças e chegam mais 20 processos. Mas, é um desafio que a gente tem sempre que tentar vencer”, afirma a juíza que, ainda na universidade, despertou para a atuação na área de Direito do Trabalho.
“Tive e tenho muita admiração por todos os professores que eu tive na universidade, pois eles me incentivaram bastante a chegar onde cheguei. Eu tive professores que já eram juízes do trabalho naquela época e me tornei colega de trabalho deles, que foram fontes de inspiração para me tornar o que sou hoje. Quando passei pelas matérias de Direito do Trabalho, me apaixonei e olhando, eu pensava: ‘quero ser igual a eles’. E um dos meus professores me deu o edital do concurso no meio da faculdade e fui associando os estudos da faculdade com os do concurso. E dois anos depois de formada, passei”, lembra Cristiane D’ávila Ribeiro.
Aliás, é com total segurança e experiência própria que ela aconselha, aos estudantes universitários que almejam o ingresso no serviço público através de concurso, que o conhecimento deve ser buscado além do que é abordado em sala de aula. “É importante não se contentar com o conteúdo abordado somente na universidade, mas sempre ir além, buscar fontes de inspiração, assim como eu achei dentro dos professores do curso de Direito da Unit, me inspirei e comecei a trilhar o meu caminho. É estudar com o foco do que vai fazer quando sair da universidade e não simplesmente deixar passar, se formar para daí pensar ‘e agora?’”, faz o alerta.
Fonte: Asscom Unit