Da redação, AJN1
Após quatro dias de julgamento dos acusados de envolvimento na denominada “Chacina da Coroa do Meio”, ocorrida em junho de 2006, o Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri da 5ª Vara Criminal de Aracaju condenou o policial militar Clério Rangel Santos Dias a 18 anos de reclusão, em regime fechado com perda da função pública; e Naldson Alexandre Vieira Santos a 53 anos e seis meses de prisão. Enquanto Diego Elias Ferreira e Abraão de Jesus Chagas foram absolvidos.
A chacina aconteceu no dia 11 de junho de 2006 na rua Waldemar Carvalho. Foram mortos o professor de artes marciais Aloísio Henrique Silveira Santos, 24, e os estudantes Jango Vinícius de Jesus Pinto, 20, e Lucas de Oliveira. Já Acácio Rodrigues foi baleado, mas sobreviveu. O crime teria sido motivado por um desentendimento entre vítimas e acusados quando estavam no bar Xeiro do Mar, na Orlinha da Coroa do Meio.
O julgamento, que começou na manhã da última segunda-feira (30) e se estendeu até a noite de ontem (2), aconteceu no fórum Gumersindo Bessa e foi presidido pelo juiz da 5ª Vara Criminal, Aldo Edno Ribeiro de Santana. Atuaram na acusação os promotores Deijaniro Jonas Filho e Rogério Ferreira.
Após os debates entre as defesas dos réus e a promotoria, o Conselho de Sentença entendeu que o policial militar Clério Rangel foi o autor do assassinato do professor de artes marciais, sendo absolvido de outras duas acusações de homicídios e de uma tentativa. Por conta disso, o militar foi sentenciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de armas a uma pena de 18 anos de reclusão com perda da função, podendo recorrer da decisão em liberdade.
“O crime praticado pelo acusado vai de encontro a todos os princípios e atributos que normalmente se espera de um agente público que é remunerado para proporcionar segurança a sociedade. Estes fatos revelam seu despreparo para o exercício do cargo público, impondo seja este impedido de continuar a desempenhar o cargo de Policial Militar, sob pena de causar prejuízo ainda maior a coletividade”, diz um trecho da sentença do militar.
Já Naldson Alexandre, que se encontra preso, foi condenado por porte ilegal de armas e pelos homicídios qualificados que vitimaram Jango Vinícius de Jesus Pinto e Lucas de Oliveira. Além da tentativa de morte qualificada contra Cássio Rodrigo Braga Machado.