ARACAJU/SE, 18 de setembro de 2025 , 3:16:22

Laudo do Corpo de Bombeiros diz que incêndio em shopping teve início em depósito de loja

Da redação, AJN1

O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) divulgou nesta segunda-feira (21), o resultado oficial do laudo que investiga as prováveis causas do incêndio que atingiu duas lojas no Shopping Jardins, zona Sul da Capital, no último dia 21 de outubro.

Conforme o CBMSE, ficou evidenciado que o incêndio teve origem no pavimento superior da loja de calçados Eggo’s Shoes, utilizado como depósito de produtos, onde havia grande quantidade de materiais inflamáveis e de fácil ignição e propagação das chamas, principalmente papelão, couro e borracha.

De acordo com o laudo, foi possível chegar a essa conclusão porque o depósito foi o local da loja com maior destruição, além das informações colhidas no relatório da central de detecção de alarme, das imagens das câmeras do shopping e das informações de testemunhas.

O major Adriano Vasel, perito em Incêndio e Explosões do CBMSE, um dos responsáveis pela confecção do laudo, as evidências apontam que havia, no depósito da loja, grande concentração de chamas e fumaça superaquecida que acabou sendo sugada pela tubulação de ar condicionado do centro de compras, se espalhando para outras lojas.

“Também houve a destruição do forro de cobertura da loja, alcançando rapidamente a laje técnica do shopping (local acima do teto) e atingindo assim a Casa de Máquinas pela área externa. Por conta da propagação do incêndio, através da convecção e radiação, a fumaça superaquecida danificou a cobertura de PVC da referida casa de máquinas, dando início ao primeiro acionamento de detector de fumaça do shopping. O sinistro continuou com a propagação de fumaça para demais áreas da laje técnica e tubulação de ar condicionado que abastecia algumas lojas e corredores mais próximos da loja sinistrada”, explica.

Adriano Vasel diz ainda que o calor das chamas derreteu algumas calhas na área que fica acima do teto, fazendo com que o incêndio tomasse proporções maiores, porém, liberando mais fumaça para o ambiente externo, o que contribuiu para evitar que a fumaça se espalhasse, por meio das casas de máquinas de ar condicionados, para mais lojas e corredores.

Contudo, o laudo não conseguiu identificar precisamente o local do foco inicial dentro do depósito devido à impossibilidade de acesso seguro à zona de origem.

“Por conta do sinistro, havia uma barreira física composta por estruturas metálicas retorcidas, provenientes da cobertura da loja e da laje técnica do shopping no início da descida da escada do pavimento superior, o que, por si só, já impediram o acesso dos peritos ao mezanino. Havia risco de desabamento de toda a estrutura, principalmente do piso, o qual era composto de estrutura metálica com sobreposição de material semelhante a tapumes, além de risco de queda de materiais do teto e laje técnica sobre os peritos”, diz o perito.

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